Segundo posicionamento, Bayer vem adotando um novo modelo de operação com tratativas junto aos colaboradores e Sindicato dos Químicos – que justifica a greve como uma tentativa para evitar demissões
A planta da Bayer no Jardim Limoeiro teve sua rotina alterada nesta manhã (26) perante uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Químicos. A justificativa da greve, segundo o Sindicato, seria para evitar demissões na unidade, já que a empresa teria informado que fecharia um dos turnos da fábrica.
A Bayer produz agrotóxicos e solventes, possui cerca de 800 funcionários divididos em cinco turnos, entre diretos e terceirizados. Conforme o sindicato, as demissões teriam sido justificadas pela empresa como reajustes por uma dificuldade econômica causada pela pandemia. Carros de som estavam desde às 7h em frente à planta da Bayer.
Empresa
Em nota, a Bayer informou que foi surpreendida pela greve instalada pelo Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e que reitera seu respeito aos trabalhadores e aos seus representantes, permanecendo aberta ao diálogo.
A Bayer comunicou também que adotou medidas de austeridade em função do cenário de pandemia e as mudanças do ambiente de negócios fazem parte um novo modelo de operação, sendo que na última sexta-feira a empresa comunicou seus colaboradores e apresentou proposta ao sindicato dos Químicos de construir juntos as bases desse novo modelo.
A proposta, segundo o texto, visa mudança na estrutura projetada, priorizando o menor impacto possível a todos, estabelecendo um modelo de gestão mais ágil e colaborativo, de acordo com a evolução do negócio.
A empresa reforçou também que recentemente transferiu para São José dos Campos um de seus centros globais de serviços compartilhados, abrindo 130 novas vagas no município e que no próximo ano a unidade receberá investimentos de expansão de armazenamento e modernização de linhas.
Ainda de acordo com a nota os investimentos da Bayer na Unidade fabril de São José dos Campos nos últimos cinco anos superam os 30 milhões de dólares.