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Setembro Amarelo: É indispensável falar sobre saúde mental

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Campanha deste mês é marcada pela conscientização sobre a prevenção ao suicídio

Setembro Amarelo: É indispensável falar sobre saúde mental

A abordagem da mídia em relação à divulgação de suicídios é um tópico complexo e debatido. Tradicionalmente, muitos veículos de comunicação evitam dar atenção a casos específicos de suicídio. A Life Informa, por exemplo, não informa casos de suicídio. Em meio ao silêncio da divulgação e ao triste luto dos familiares, muitos casos vêm ocorrendo no Jardim Aquarius e pelos quatro cantos da cidade, independentemente da idade ou nicho social. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o suicídio é um problema de saúde pública que mata pelo menos um brasileiro a cada 45 minutos, mais do que o HIV e muitos tipos de câncer.

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Os dados são alarmantes, e mesmo assim pouco se fala sobre o suicídio. A razão disso pode estar no fato de que esse é um assunto considerado tabu e cheio de estigmas, seja por uma questão cultural, religiosa ou até mesmo por medo e vergonha. Acontece que muito se pensa sobre o assunto de uma forma simplista, como se a pessoa que tira a própria vida desistiu, não teve força suficiente, entre outros.

A verdade é que a pessoa em intenso sofrimento quer apenas se libertar dele e esses estereótipos provocados pela falta de informação só dificultam a busca por ajuda e, consequentemente, inibe uma prevenção bem-sucedida. O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Sendo assim, pode ser resultado de uma interação de fatores psicológicos, biológicos, culturais, socioambientais e até mesmo genéticos.
Desta forma, não é correto e nem justo encarar a situação de uma forma simples tendo como base acontecimentos pontuais na história do indivíduo. É a consequência final de um processo.


CVV oferece apoio emocional e ajuda a salvar vidas

Uma entidade integralmente dedicada à missão de salvar vidas

O CVV é uma organização composta por cerca de 4 mil voluntários que dedicam 4 horas por semana de seu tempo para ouvir e apoiar pessoas que enfrentam problemas emocionais, solidão, depressão e pensamentos suicidas. Seu principal propósito é dar às pessoas a oportunidade de desabafar e serem ouvidas, sem julgamentos e com total sigilo.

Serviços de atendimento disponíveis – O CVV oferece seus serviços de apoio emocional 24 horas por dia, todos os dias do
ano. Qualquer pessoa, seja jovem, idosa ou criança, pode acessar esses serviços por meio do telefone 188, cujas ligações são gratuitas a partir de telefones fixos ou celulares. Além disso, é possível buscar ajuda por meio de chat e e-mail no site CVV.ORG.BR.

Pronto socorro emocional – O CVV é como um “pronto socorro emocional” onde as pessoas que não se sentem bem
emocionalmente podem encontrar um espaço seguro para conversar. Os voluntários do CVV proporcionam diálogos empáticos em um ambiente de total sigilo.

Apoio, não conselhos – O CVV oferece apoio emocional, mas não fornece conselhos nem direciona a pessoa. A decisão de como lidar com seus problemas é deixada nas mãos da própria pessoa, após o desabafo e a conversa com os voluntários do CVV.

Um problema de saúde pública – O CVV atende cerca de 8 mil ligações por dia em todo o Brasil. Embora a porcentagem de pessoas com ideação suicida seja relativamente pequena, o suicídio é um problema de saúde pública. A cada ligação, o CVV desempenha um papel crucial em oferecer apoio emocional.

Treinamento essencial – Os voluntários do CVV passam por um extenso treinamento, incluindo cursos de seleção, treinamento mensal em atendimentos e reciclagem anual. O treinamento é essencial para lidar com vidas e oferecer o apoio necessário.

Acesso gratuito – Todos os serviços do CVV são oferecidos de forma gratuita. A organização existe há 61 anos devido ao sigilo que garante às pessoas que ligam. Quando alguém entra em contato com o CVV, não é perguntado seu nome, idade, sexo ou cidade de onde está ligando.


Entendendo e combatendo o suicídio

Confira entrevista com a psicóloga Patrícia Gariglio Roque

Para entender melhor o delicado assunto chamado suicídio e aprender como combatê-lo, a Life conversou com a psicóloga clínica e organizacional Patrícia Gariglio Roque, que já atuou em uma ONG joseense de prevenção ao suicídio e que também oferece assistência a familiares de vítimas. Patrícia oferece atendimento direcionado a jovens e adultos.

Sinais de Alerta – Segundo Patrícia, é fundamental identificar os sinais de alerta do suicídio. Eles podem ser divididos em diretos e indiretos. Os sinais indiretos incluem frases como “não aguento mais” ou “é a última vez”. Já os sinais diretos são mais explícitos, como “quero morrer!” ou “por que Deus não me leva?”.

Crise e como ajudar – Patrícia descreve que a crise suicida é o momento em que a pessoa está prestes a cometer o ato desesperado. É crucial encaminhar a pessoa para um hospital para acompanhamento.
A melhor forma de ajudar alguém com pensamentos suicidas, de acordo com a psicóloga, é ouvir e escutar. Sem julgamento, permita que a pessoa fale sobre seus sentimentos. Infelizmente, a sociedade muitas vezes não está preparada para lidar com pessoas que estão passando por momentos de tristeza e sofrimento.

Papel da terapia – A terapia desempenha um papel essencial na prevenção do suicídio. De acordo com Patrícia, o terapeuta deve ser acolhedor, não julgador e encorajar a pessoa a falar abertamente sobre seus sentimentos. O objetivo da terapia é resgatar experiências, propor alternativas e mostrar à pessoa que ela não está sozinha em seu sofrimento.

Ideação suicida e colaboração médica – A ideação suicida é o pensamento de que a morte é a única saída para encerrar o sofrimento. Isso pode incluir detalhes sobre estratégias e planos específicos para alcançar esse objetivo. Patrícia enfatiza a importância da colaboração entre a psicologia e a psiquiatria no tratamento desses casos.

Efeito Werther – O “Efeito Werther” é o nome de um fenômeno pelo qual a observação ou notificação do suicídio de uma pessoa leva outra a tentar imitar o ato. Portanto, a forma como a mídia aborda casos de suicídio é crucial para prevenir a ocorrência de mais casos.

Falsa melhora e cuidados contínuos – Patrícia alerta para a “falsa melhora” que pode ocorrer em algumas situações. Às vezes, as pessoas que estavam pensando em suicídio podem parecer estar melhorando, mas ainda podem estar em risco. Portanto, o acompanhamento contínuo é essencial. Em um país como o Brasil, onde o suicídio é um problema de saúde pública, a conscientização, a escuta atenta e o apoio emocional podem fazer a diferença na prevenção do suicídio. Patrícia e outros profissionais dedicados estão à disposição para ajudar aqueles que estão passando por momentos difíceis e precisam de apoio. A profissional Patrícia Gariglio Roque (CRP 06/66.631) pode ser contatada pelo número (12) 99181-3400

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