839 funcionários devem ser reintegrados pela General Motors na planta de São José dos Campos; empesa pode recorrer da decisão
Reviravolta! Em uma decisão que impacta 839 trabalhadores e marca um desfecho significativo para uma disputa trabalhista, a Justiça determinou, nesta terça (31), que a General Motors reintegre todos os funcionários demitidos em sua unidade de São José dos Campos. O desembargador vice-presidente judicial do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), João Alberto Alves Machado, assinou a decisão, que ordena que os funcionários sejam reinseridos na folha de pagamentos a partir de amanhã, 1º de novembro.
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A determinação da Justiça estabelece que os direitos que os trabalhadores tinham antes das demissões também devem ser mantidos, e a GM não pode dispensar novos trabalhadores sem negociação prévia. Em caso de descumprimento de qualquer dessas determinações, a montadora deverá pagar uma multa diária de R$ 1 mil a cada trabalhador demitido ou não reintegrado, até o limite do valor atual do salário mensal de cada funcionário. Vale ressaltar que a General Motors tem o direito de recorrer.
A decisão judicial foi tomada em resposta a um pedido de liminar encaminhado pelo Ministério Público do Trabalho, após manifestação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Essas entidades alegaram que a GM violou o acordo coletivo ao realizar demissões em 21 de outubro, mesmo após ter assinado um acordo de layoff que garantia estabilidade no emprego a todos os funcionários da unidade até maio de 2024.
A procuradora que encaminhou o pedido de liminar destacou o acordo assinado em 28 de junho, que previa uma garantia provisória de emprego aos funcionários da planta que estivessem ativos em julho de 2023, tanto aos que tiveram seus contratos de trabalho suspensos quanto aos que continuaram trabalhando durante o período da suspensão.
Como resposta à situação, o sindicato convocou uma assembleia para esta quarta-feira, em frente à GM, às 7h, reunindo trabalhadores de todos os turnos. Desde o dia 23, os funcionários estavam em greve, exigindo o cancelamento das demissões como condição para o retorno ao trabalho.
14 Respostas
Se eu fosse funcionário da GM já iria procurando outro emprego….agora com essa decisão assim que acabar o acordo não serão 839 demitidos e sim 4000…a empresa está a um passo de ir embora de são josé dos campos….o sindicato é intransigente. Ao fim do acordo o facão vai rolar….produzir 150 carros/ dia em uma planta gigante daquela é o mesmo que usar um boeing pra levar uma pessoa….infelizmente essa é a realidade.
Não se trata de ser intransigente ou não. Empresa tem direito de demitir, mas precisa respeitar a lei. Se tem acordo coletivo com estabilidade, com um layoff em vigência, ele precisa ser respeitado. Se a empresa for de fato demitir, que se abra negociação, como a legislação demanda em casos de demissões em massa. Que se discutam alternativas, prorrogação de layoff, abertura de PDV, etc. E não fazendo como foi feito, mandando telegrama no final de semana (o que é uma falta de respeito para quem de fato dá lucro para a empresa), demitindo trabalhadoras grávidas, etc.
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Carros custando 250 a 350 mil são para poucos abonados no Brasil, chineses como BYD, GWM vieram com força total e preço parecidos. Fábrica de sjcampos fabrica apenas dois veículos com baixas vendas, Estado até ajudou adquirindo veículos da GM para policiamento, mas não é o suficiente para salvar a fábrica. Se a empresa não tem lucro líquido não sobrevive, é só observar as redes varejistas como Walmart que tinha mais 30 mil funcionários no Brasil ou mesmo o Extra. Inflação nos últimos anos foi extrema e salários não acompanharam esse aumento. Brasil ou é rico para poucos ou maioria indo pra salário mínimo.
Terão um fôlego até maio após já podem ir procurando outro emprego….olhe a Cherry fizeram greve de 21 dias , sindicato aplaudiu pois aceitaram todas cláusulas….ela pegou as malas ….. último que sair apague as luzes
A questão da Caoa Chery é muito diferente do contexto da GM e diria que não tem nada a ver com o Sindicato, até pela própria empresa dizer que a relação deles com o Sindicato era boa.
Quando a Chery veio para o Brasil, produzir localmente, cometeu três erros cruciais:
1) Apostou em veículos compactos (que tem margens de lucro menores e dependem de mais volume de vendas para dar lucro), quando o mercado já sinalizava para SUV’s. Além disso, os primeiros carros eram bem ruins. Se ela tivesse apostado em nacionalizar a produção do primeiro Tiggo ofertado aqui, teria se saído bem melhor.
2) Ter instalado uma plataforma de montagem que não era flexível para montar veículos com entre-eixos maiores, justamente por causa da aposta nos compactos. Quando a CAOA entrou na parceria, o Tiggo 2 já estava em desenvolvimento, mas os veículos maiores, e mais rentáveis, foram levados para Anápolis, onde a plataforma de montagem permitia veículos maiores.
3) Não ter desenvolvido cadeia local de fornecedores de autopeças. Até hoje os veículos da Caoa Chery no Brasil não têm nem 20% de conteúdo local, o que além de elevar custos, afeta o mercado de reposição.
Para piorar, quando veio a pandemia, cometeram o erro estratégico de encerrar a produção de motores e transmissões em Jacareí e trazer tudo da China. Quando começou a retomada, no início de 2022, apesar da escassez de semicondutores, isso se mostrou um tiro de bazuca no pé. A falta de conteúdo local cobrou seu preço. Os custos de frete naval e de conteineres dispararam. Um conteiner, por exemplo, que custava US$1.500/US$2.000 antes da pandemia, passou a custar US$7.500 em meados de 2022. Isso na prática deixou a operação em Jacareí, praticamente sem lucratividade, levando ao fechamento, e o mesmo só não aconteceu com a fábrica de Anápolis (GO), pois o Regime Automotivo do Centro-Oeste tem isenções generosas de IPI (31%).
A promessa era que a fábrica de Jacareí reabriria em 2025, para produzir veículos elétricos e híbridos. Porém, uma fábrica de veículos à combustão pode ser convertida para elétricos em apenas 6 meses. Verdade é que o pessoal da CAOA quer focar em Anápolis e ver se o regime de incentivos no Centro-Oeste será prorrogado para além do fim de 2025, pois sem esses incentivos, fica muito difícil produzir fora dos principais centros devido aos custos logísticos. Só aí vão ver o que fazer com a fábrica de Jacareí. Vale lembrar que a fábrica de Anápolis pertence 100% a CAOA, enquanto a fábrica de Jacareí pertence metade Chery, metade CAOA.
Eis que agora vem o que talvez seja novidade para muitos. O pessoal da Chery, vendo a chegada da BYD e da GWM com produção local no Brasil, quer trazer novas linhas de veículos para o Brasil (possivelmente independente da Caoa) e quer retomar a produção em Jacareí. Entretanto, a CAOA não quer investir em Jacareí nesse momento e por ora não quer liberar a Chery para investir na fábrica, mesmo com os chineses propondo custearem sozinhos a adequação da plataforma de montagem (a manutenção do maquinário está em dia), que precisa ser readequada para veículos maiores. Os chineses já sinalizaram até mesmo que, caso não tenha acordo sobre Jacareí, podem construir outra fábrica do zero.
Parabéns Jefferson pela aula. Muito bom mesmo
Fecha essa bagaça de uma vez. O “pai dos pobres” já garantiu a PICAnha.
Ta bom… Mas e quem vai pagar o salário deles? O Lule? Faça-me o favor!
Todo mundo sabe que a intenção da milícia que tomou o poder no país quer transformar aqui numa Cuba.
Logo os empresários vão embora investir em outros paises se continuar assim.
E o povo brasileiro vai ficar aí comendo capim enquanto a cupincha do poder que vai comer picanha.
Dignidade gente, nossa cidade possui muitas outras oportunidades dep emprego. Valorizem isso, nosso prefeito é inovador, aqui não é voto de cabresto. Se liga! Desatrela de sindicatos, esses aí são urubus esperando a carniça.
Faz o L…. Não, pera aí….. Aaaa era pra dar tudo errado prós trabalhadores para eu conseguir provar que o governo do nine é ruim 😭😭.
Odeio quando o sindicato vence alguma causa, não vou poder falar mal.
Otário. Você acha que o sindicato venceu alguma coisa? Eles vão extorquir uma grana da GM, calam a boca e os idiotas que foram na onda vão virar empregados do nine, recebendo seguro desemprego.
Eu no lugar da GM readmitia e dispensava os outros que não tinha acordo!
A GM fez um monte de promessas ao então governo João Doria de reerguer a fábrica de sjc em troca de benefícios.
Esqueceram?
Recentemente foi revelado que a GM não assinou esse acordo com a GESP, que daria redução de 25% de ICMS em troca de investimento em novos projetos em SP, justamente para não ter que se comprometer com esse grande volume de investimentos.
A alternativa que restou foi aumentar os preços.
Quando a GM seguir o caminho da FORD, Alpargatas, e tantas outras ex-vale, não se esqueçam de continuar fazendo a contribuição sindical mesmo desempregados. A picanha e as colônias de férias exclusivas dos militantes dos sindicatos, assim como o plano de saúde deles, precisa ser pago por todo rebanho que aplaude e ovaciona o Brasil cada vez mais pobre e ignorante.