Onde você estava naquele fatídico 1º de maio de 1994? Fala de Roberto Cabrini ecoa na eternidade. “Vou dar a notícia que o mundo não queria ouvir. Morreu Ayrton Senna da Silva”
Primeiro de Maio de 1994! Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1. Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola (Itália). Na sétima volta, precisamente às 9h13, pelo horário de Brasília, Ayrton Senna perde o controle da Williams que pilotava e bate violentamente no muro da curva Tamburello. O choque é fatal. O corpo do brasileiro é levado de helicóptero para o Hospital Maggiore, em Bolonha, onde o piloto teve a morte anunciada, aos 34 anos. “Vou dar a notícia que o mundo não queria ouvir. Morreu Ayrton Senna da Silva”, afirmou o jornalista Roberto Cabrini. Poucas horas mais tarde, naquele mesmo domingo, jogariam Palmeiras e São Paulo no Morumbi. Foi a única vez na história que as duas torcidas que se odeiam gritaram o mesmo canto. “Olê, olê, olê, olá, Senna, Senna”.
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Nesta quarta-feira (1º), completam-se três décadas do fatídico dia. No Parco delle Acque Minerali, próximo ao circuito, onde ficava a Tamburello, uma escultura de bronze presta reverência a Senna. Inaugurada em 1º de maio de 2014, em festival que marcou os 20 anos da morte, ela é visitada por fãs de todos os cantos, que se aproximam para tocar, fotografar ou prestar homenagens, como fez um admirador no último dia 21 de abril ao deixar um capacete especial ao lado da estátua do ídolo.
Esse admirador é um dos brasileiros que disputam o Campeonato Mundial de Endurance (WEC, na sigla em inglês), categoria do automobilismo voltada a provas de longa duração. E é emblemático que o carioca Nicolas Costa, de 32 anos, pilote um carro da equipe McLaren, a mesma pela qual Senna conquistou seus três títulos na Fórmula 1 (em 1988, 1990 e 1991).
Além da inspiração aos pilotos que o sucederam nas pistas, Senna deixou como legado, por conta da tragédia que o vitimou, mudanças nas normas de segurança do automobilismo. No fim de semana em que o brasileiro faleceu, já havia ocorrido outra morte. Um dia antes, o austríaco Roland Ratzenberger bateu no muro da curva Villeneuve a 314 quilômetros por hora e não resistiu.
Fora das pistas, surgiu o Instituto Ayrton Senna. Fundada em novembro de 1994, a organização não-governamental (ONG) atua junto à educação de crianças e adolescentes do país. A iniciativa, segundo o site do instituto, leva adiante um sonho do próprio tricampeão ainda em vida. Conforme o último relatório divulgado, referente a 2022, mais de 36 milhões de estudantes e cerca de 200 mil educadores foram atendidos desde a criação da entidade.
“Ele [Senna] dizia que se a gente quiser modificar alguma coisa [na sociedade], é pelas crianças que deveríamos começar, por meio da educação. Levamos essa visão muito a sério. Um dos pensamentos do Ayrton é que todos têm potencial para vencer, desde que com as condições adequadas para isso. Nossos projetos buscam criar essas condições e remover barreiras educacionais”, explicou o vice-presidente do Instituto Ayrton Senna, Ewerton Fulini.
Tem coisas na vida que não existe explicação! Como perder um atleta, herói nacional, morto enquanto praticava seu esporte? Para Galvão Bueno, é melhor mesmo não procurar uma justificativa. “Eu vi o corpo de Senna. Se a barra tivesse batido um, dois centímetros mais para o alto ou para baixo talvez não tivesse acontecido nada”, lamenta o famoso narrador em entrevista recente.
Talvez tão triste quanto a manhã de primeiro de maio de 1994 foi a manhã de 2 de março de 1996, quando cinco jovens de Guarulhos morreram em um acidente de avião em Cumbica, quando o piloto errou o lado ao arremeter e foi de encontro à Serra da Cantareira. Realmente, tem coisas na vida que não existe explicação!
Valeu, Senna! A homenagem feita na comemoração do tetra nos EUA, dois meses após o acidente, retrata a importância que teve para o Brasil o maior piloto da história do automobilismo mundial!
2 Respostas
A 1° gravação do famoso single da vitória foi gravado pelo grupo Roupa Nova.
VERDADEIRO HEROI BRASILEIRO. SAUDADES.