Mais de 80% dos pacientes ficam com alguma sequela relacionada à dor neurológica. Confira entrevista com a fisioterapeuta, acupunturista, quiropraxista, RPGista e laserterapeuta, Barbara Ganzelevitch – que atua há mais de 20 anos nos processos da dor

Profissionais de fisioterapia tem em sua natureza um propósito muito nobre: é a partir do seu trabalho que os pacientes evoluem consideravelmente obtendo melhoras na saúde, bem-estar, autoestima e qualidade de vida. Em tempos de pandemia, a fisioterapia – além de ajudar diretamente na linha de frente – ocupa um papel muito importante ao contribuir na recuperação de pacientes que tiveram covid-19.
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Com mais de 20 anos de experiência e diversas especializações, Barbara Ganzelevitch conta que vem atendendo muitos pacientes que tiveram sequelas neurológicas após serem contagiados pelo novo coronavírus. Confira entrevista com a especialista!
Life – A Fisioterapia ganhou destaque na recuperação dos pacientes críticos na pandemia. Quais as principais demandas?
Barbara – Sabemos que 80% das pessoas que pegaram covid ficaram com alguma sequela relacionada às dores neurológicas. Atendi bastante paciente que teve covid e realmente houve muitas reclamações de dores neuropáticas. Isto ocorre porque se trata de uma doença sistêmica que ataca os neurotransmissores. Por isso ocorre a falta de cheiro, de paladar. Em muitos casos as raízes nervosas são afetadas, o que leva às dores neuropáticas – que possuem tratamentos específicos, oferecidos pela fisioterapia.
Life – Como é o tratamento pós-covid?
Barbara – Como tratamento, o meu diferencial é que vou alinhar as articulações da coluna em primeiro lugar, já que é de onde saem todas as raízes nervosas do corpo. Então, a primeira coisa que eu vou fazer é alinhar as vértebras da coluna através de ajustamentos. Estes ajustamentos podem ser manuais ou através de equipamentos. Mantenho no consultório um arsenal terapêutico para isso.
Life – Quais as técnicas que você utitiza?
Barbara – O paciente de pós-covid precisa ser monitorado. Eu verifico temperatura, saturação, pulso e pressão na hora em que o paciente chega e durante o tratamento para ver se ele está mantendo os padrões dos sinais vitais dentro do esperado. Este paciente precisa receber estímulos respiratórios através de manobras de reexpansão pulmonar. Isto é muito importante porque a dificuldade respiratória existe mesmo em pacientes que ficaram simplesmente acamados. Muitas vezes se formam áreas de atelectasia, que são pequenos fechamentos nos alvéolos do pulmão, que é onde acontecem as trocas gasosas. Por isso é muito importante as manobras de reexpansão. Outra técnica importante é a liberação manual do diafragma. É um procedimento feito com as mãos por baixo das costelas associando a respiração do paciente. Isso estimula o diafragma, que é um músculo em formato de cúpula e que fica logo abaixo do pulmão. Esse músculo faz com que o pulmão se abra e consiga fazer a troca gasosa.
Life – Sobre os pacientes, quais as principais queixas?
Barbara – Tenho atendido muitos pacientes que ficaram com lombalgia aguda após a covid. Nestes casos é necessário usar uma eletroacupuntura, que é o agulhamento e a conexão de um equipamento específico para emitir corrente através das agulhas, e esta corrente vai fazer com que vias de dor do nosso corpo fiquem menos hiper excitadas.
Laserterapia
“Após mudar a hiper excitação da via de dor eu associo à laserterapia. Com a laserterapia a gente consegue modular o processo inflamatório, porque se tem dor, tem um processo inflamatório acontecendo. A dor é um dos sinais logísticos e é sinal de inflamação”.
Ilib (Intravascular Laser Irradiation of Blood) contra as dores
“No pós-covid também temos utilizado um tratamento de laserterapia sistêmica ou biofotomodulação sistêmica, como tem sido chamado. A Ilib vem ganhando muito espaço porque através da emissão do laser na artéria radial a gente tem efeitos no corpo como, por exemplo, aumento de uma enzina chamada superóxido dismustase, que é a enzima que faz a captação de oxigênio no nosso corpo. E temos também a diminuição dos radicais livres de oxigênio, então através do Ilib a gente tem mais oxigênio chegando nos tecidos e isso ajuda na recuperação dos quadros de dores neuropáticas.
Múltiplas associações
“Hoje eu associo a fisioterapia com a acupuntura e à toda parte da eletroterapia, com as correntes e com o laser, que a gente chama de eletrotermofototerapia, que abrange tudo, e associo também à quiropraxia – que é por onde faço os ajustamentos na coluna”.
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