Vencimentos têm sofrido atrasos desde março, segundo sindicato

Na assembleia que deflagrou a paralisação, os trabalhadores votaram que, se os pagamentos pendentes não forem quitados até o dia 5 de julho, uma greve por tempo indeterminado pode ser iniciada. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região informou que pleiteia uma negociação de emergência para solucionar a situação com a empresa.
Na sexta-feira (24), a direção da fábrica divulgou um comunicado em que informava prever o acerto do salário de maio até quinta (30). No dia 22 de julho a Avibras propõe quitar o pagamento de junho, as multas e a segunda parcela do salário de março dos trabalhadores reintegrados após a assinatura do acordo de cancelamento das demissões.
Para o diretor do Sindicato José Dantas Sobrinho, que conduziu a votação sobre a paralisação de hoje, é preciso fortalecer a campanha pela estatização da empresa.
“É urgente a discussão sobre a estatização da Avibras, sob o controle dos trabalhadores. Enquanto a empresa estiver na mão do capital privado, o que vai perdurar é atraso de salário, precarização de direitos e desrespeito. Por isso, chamamos os trabalhadores e a sociedade para se somar a esta luta”, defendeu Dantas.
Cancelamento das demissões
Os trabalhadores da Avibras travaram, nos meses de março e abril, uma luta em defesa dos empregos. A empresa pretendia demitir 420 funcionários, mas o quadro foi revertido depois de uma série de mobilizaçõe. No dia 19 de abril, foi aprovado o acordo que transformou as demissões em layoff, com garantia de estabilidade até o final do ano.
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