Programa Vizinhança Solidária da ABA(Amigos do Bairro Aquarius) interliga prédios do bairro e vira ferramenta importante na prevenção à violência urbana

Com câmeras, rádios e placas informativas programa Vizinhança Solidária – executado em cinco ruas do bairro – interliga moradores, funcionários e faz a diferença na segurança pública da região
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A Constituição Federal determina que a segurança pública é um dever do Estado, mas também é um direito e responsabilidade de toda a sociedade. Com base neste contexto o programa Vizinhança Solidária – idealizado pela Polícia Militar – incentiva ações coletivas de prevenção primária que se destinam a evitar e reduzir a ocorrência de infrações penais por meio da identificação, avaliação ou redução das condições que propiciam o crime.
Mais do que uma ferramenta eficaz na prevenção à violência, o Vizinhança Solidária desperta a consciência coletiva e o sentimento de preocupação com o meio em que se vive – o que gera pertencimento e responsabilidade social, fatores que minimizam diferenças e promovem uma consequente melhora na organização urbana.
No Jardim Aquarius o projeto é realizado desde junho de 2018, de forma muito bem organizada em cinco ruas: Benedito Oswaldo Leques, Geraldo Vieira/Piabas, Célio José dos Santos e José Pulga. Uma das mentoras do projeto no bairro, Léia Dionisio conta que a ideia surgiu durante uma reunião do grupo ABA (Amigos do Bairro Aquarius).

“O programa Vizinhança Solidária foi citado pelo membro, Mário Simões. Todos acharam interessante. Fomos buscar mais informações e descobrimos que o programa apresentava bons resultados no Jardim das Indústrias”.
Apesar do conceito aparentemente simples a implementação do programa é bem complexa e exige comprometimento e muito esforço. “Tivemos vários desafios. O primeiro foi adaptar um programa inicialmente desenvolvido para áreas horizontais (casas) para áreas verticais (prédios). Depois tivemos que envolver diversos síndicos dos condomínios residenciais e comerciais, que contam com diferentes empresas de segurança. Alguns prédios ainda estavam com tecnologia ultrapassada e precisaram fazer a troca das câmeras para modelos com infra. Os síndicos foram receptivos”, destaca Léia. Sobre a tecnologia utilizada pelo programa no bairro a entrevistada afirma que inicialmente foi necessário fazer uma análise criteriosa dos modelos das câmeras de cada condomínio. “Sugerimos alterações de posicionamento para que não houvesse pontos cegos. Posicionamos os equipamentos de uma forma com que o vizinho também fosse contemplado pelas câmeras. Também houve a implementação de rádios em todas as portarias. O rádio é utilizado para a comunicação entre os porteiros. Eles, inclusive, receberam manual de funcionamento e treinamento para a correta utilização dos aparelhos. Além disto temos um grupo com todos os supervisores de segurança e outro com todos os síndicos”, relata.
Conforme avaliação de Léia o programa proporciona grandes benefícios à sociedade, mas para dar certo é necessário o envolvimento de todos, sem exceção. “Devem participar síndicos, dono das empresas de segurança, supervisores, porteiros e moradores. Se houver esse envolvimento o programa certamente será um sucesso”, garante.
Expansão para outros pontos do bairro
Mais do que apenas instalar placas informativas o trabalho desenvolvido na região da Osvaldo Lecques é abrangente e segue em aprimoração constante. “Estamos ainda caminhando e agora iremos trabalhar o comportamento dos porteiros e moradores. Por esta razão não conseguiremos fazer a expansão nesse momento. Ainda estamos em evolução e mais fases ainda serão implementadas.”, frisa Léia.
Monitoramento de suspeitos
Léia conta que a mensuração de resultados é um processo a longo prazo, mas já houve retornos positivos. “Por volta das 3h estava passando um rapaz vendendo algumas coisas. Logo no primeiro condomínio abordado o porteiro informou a todos. Quando o rapaz chegou no meu condomínio o porteiro já estava esperto e acompanhando o rapaz. A polícia foi chamada, esteve no perímetro e o rapaz foi abordado. Também houve um indivíduo que parou o carro na rua Célio José e abriu o capô. Neste momento os porteiros já começaram a se comunicar, e um deles avisou que o rapaz era morador”, revela.
Placas da Vizinhança Solidária
Foram instaladas 12 placas informando que a área é monitorada 24 horas por dia pelos moradores.
“A placa reforça a comunicação, pois foca no monitoramento do perímetro”, diz Leia.
Integrantes do programa
Membros da ABA: Léia, Mário, Carlos e Felipe tornaram o projeto possível. Os síndicos envolvidos foram: Gabriela, Fernanda, Carlos, Charles, Ana, Liliane, Rogério, Luis, Paula, Alessandra, Alessandro, Marcos, Laura, Cristiano, Olavo, Hector, Leonardo, Carmela, Marcos, Juliana, Airton, Rene, Caio, Gilberto, Ricardo, Ana Paula, Zargo e Renato.
Lista dos condomínios
New York, Agatha, Monserrat, The One, Ville I, II, III e IV, Silver Park, Golden Park, Soleil, Prime Office, New Life, Belle Air, Green Valey, Sport Tower, Diamond, Landscape, Place Atenee, West Tower, Garden Tower, Gran Bali, Murano e Premiere.
Conseg (reunião da PM com moradores)
Encontro mensal entre policiais militares e a comunidade o Conseg é uma excelente oportunidade para relatar as demandas do bairro diretamente às autoridades responsáveis pelas regiões central e oeste de São José dos Campos. Membros da ABA participam com frequência das reuniões.
“Estreitar relacionamentos com as autoridades é muito importante. Esta proximidade trouxe benefícios ao bairro. Um exemplo foi a ocorrência do fluxo na avenida Comendador. Fizemos uma reunião aqui no Aquarius, as autoridades participaram e em seguida resolveram o problema”, avalia Léia.
Na visão de Capitão da PM, tecnologia é fundamental para sucesso do programa
Alain Kalczuk destaca também a mudança comportamental proporcionada pelo Vizinhança Solidária
Segundo o responsável pelo policiamento das áreas central e oeste de São José dos Campos a implementação tecnológica é um fator fundamental para a consolidação e bons resultados do Vizinhança Solidária. “As câmeras e o compartilhamento das imagens voltadas para a via pública são extremamente válidos. O programa também ajuda a propiciar uma mudança comportamental nas pessoas, que passam a se conhecer e a trocar informações sobre o dia a dia das ruas e o cotidiano. Ninguém conhece melhor o local onde mora do que os próprios moradores. Em qualquer ação suspeita, todos do programa já devem estar avisados e alguém deve acionar imediatamente a Polícia Militar via 190”, afirma Alain Kalczuk.
Primeira Resposta
Que bom, que a partir da Armando de dd Oliveira Cobra (2015), agora o PVS ganha fôlego e pode virar unanimidade no bairro. A proposta do, inicialmente, Grupo dos Sindicos Aquárius e agora ACEJA – Associação dos condomínios e empresas do Jardim Aquarius e Região, é justamente tornar o bairro modelo de nova versão do Programa, agora monitorada por câmeras. O Conceito de Condomínio que do olha para dentro de seus portões esta mudando e a interação dos Condominios , através do PVS, só melhora a seguranca da rua e o perfil dos sindicos, que passam a interagir mais na busca do conhecimento das angústias e experiências de sucesso de seus vizinhos . Parabens Aquárius .