OAB e associações LGBT repudiaram pedido de arquivamento do caso, que agora terá sequência. Transexual está desaparecido desde junho de 2021 e conforme inquérito policial teria sido assassinado a facadas. Corpo não foi encontrado
Reviravolta no ‘Caso Thomas’ (confira histórico nos links na parte inferior desta página). Após a promotoria ter solicitado o arquivamento do caso, que envolve o assassinato do transexual, a ocorrência foi encaminhada para outro promotor e seguirá o andamento processual conforme solicitação do Procurador de Justiça do Estado de SP.
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A OAB de São José dos Campos e associações LGBT que acompanham o caso desde o início, além de familiares da vítima, comemoram a decisão. Um protesto contra o pedido de arquivamento foi realizado recentemente em frente ao Fórum da cidade, no Jardim Aquarius.
O desaparecimento
Thomaz desapareceu no dia 15 de junho depois de passar o dia no hospital acompanhando a avó que estava doente e faleceu naquela tarde. Horas depois, por volta das 19h, saiu de casa dizendo que iria entregar uma chave a um amigo e pediu uma corrida por aplicativo. Depois disso, ele não foi mais visto. O boletim de desaparecimento foi registrado no dia 17 de junho de 2021.
Dentre as dúvidas do desaparecimento, prevalece a certeza de que se trata de um homicídio, segundo a presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gêneros da 36ª subseção da OAB, Carla Silvério Barbosa. “O trabalho da polícia civil foi impecável. Todas as diligências, pericias foram feitas. O autor do homicídio foi identificado, confessou o crime e mesmo assim a promotoria mandou arquivar o caso porque o corpo não foi encontrado. A ordem do arquivamento é contrária a todas as provas do inquérito”, afirmou a presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gêneros da OAB, Carla Silvério Barbosa, que acompanha o caso desde o início e celebra agora o prosseguimento do processo.
O crime, contou a advogada, teria sido cometido a facadas, na zona norte de São José. “O assassino, um homem casado, deu detalhes do ato no depoimento de confissão. Família e amigos da vítima clamam por justiça”, enfatizou Carla.
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