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Transtorno alegado por advogado de filho de desembargadora não leva a crimes

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Psiquiatra vai contra a defesa do afetado. “A síndrome altera o comportamento, mas não prejudica a capacidade de entender o que é certo e errado”, afirma especialista da Unep

Recentemente um caso policial ganhou as manchetes de todo o país. O filho de uma desembargadora foi detido com 129,9 kg de maconha, 199 munições calibre 7.62 e 71 munições calibre 9 milímetros, armamento de uso restrito das Forças Armadas no Brasil.
No entanto, o acusado ficou poucos dias preso. Em posse de um laudo psiquiátrico que diagnosticou Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), a defesa conseguiu a transferência de Breno Fernando Solon Borges para uma confortável clínica que trata de doentes mentais.
Conforme o psiquiatra da Unep, Carlos H. Ferreira Banys, dificilmente a síndrome se relaciona com práticas criminosas. “É muito difícil isso acontecer. É transtorno de personalidade emocionalmente instável. A pessoa vive intensamente: luto, alegria, tristeza, raiva. Altera o comportamento, mas não prejudica a capacidade de a pessoa entender o que é certo e errado”, afirma o especialista.
De acordo com o médico, a internação se justifica em casos de crise, quando a pessoa põe em risco a própria segurança e de terceiros. Uma das situações frequentes é que o paciente diagnosticado com o transtorno se automutile.
“O Transtorno Borderline é a linha de fronteira entre o normal e o patológico. Dentro dos transtornos de personalidade, a doença é considerada como implosiva, ou seja, com efeitos direcionados para o próprio paciente que tem dificuldade para controlar os impulsos. Mas não há nada que leve o indivíduo a praticar crimes. Caso isso ocorra, vai da índole de cada um, não há interferência do transtorno”, destaca.
Sobre o eventual tratamento oferecido na clínica, o psiquiatra esclarece que os profissionais envolvidos analisam a síndrome e não o quadro específico do paciente. “Os motivos que o levaram a clinica não são relevantes e sim a forma com que o Transtorno de Personalidade Borderline afeta a rotina e a saúde do paciente”, relata.

A síndrome – Traduzido para o português, o individuo afetado é um paciente “limítrofe” ou “fronteiriço”, por apresentar sintomas que se situam na borda entre as neuroses e as psicoses. O Transtorno de Personalidade Borderline atinge 1,6% da população adulta, responde por 10% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais e motiva cerca de 20% das internações.
“Apesar da considerável prevalência, raramente os portadores do TPB procuram tratamento médico. Eles frequentemente negligenciam a doença. O que agrava a situação é que geralmente os indivíduos são adictos ao álcool e às drogas”, encerra o psiquiatra da Unep.


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