Dezenas de árvores foram derrubadas pelos fortes ventos; semáforos permaneceram apagados por horas e motoristas organizaram fluxo em cruzamentos sem o auxílio de agentes de trânsito
As águas de março literalmente vêm fechando o verão joseense. E fazendo estragos. A forte chuva que atingiu a cidade por volta das 16h desta segunda-feira (5) causou transtornos referentes à falta de energia e consequente “apagão” de semáforos em diversos pontos da cidade. O vento também derrubou muitos árvores – cerca de cem – e galhos em bairros como Vila Ema, Esplanada, Campos dos Alemães, Jardim da Granja, Vila Industrial, Jardim das Indústrias, Vista Verde, Bosque dos Eucaliptos, Santa Inês e Jardim Satélite.
No Jardim Aquarius um tronco caiu na praça em frente ao condomínio Sunset, às margens da avenida Cassiano Ricardo. Por sorte não havia carro estacionado no local. O mesmo não ocorreu na Vila Industrial – onde uma árvore caiu em cima de um carro. No Campo dos Alemães, uma árvore atingiu uma residência e causou grande prejuízo material. Vinte semáforos pararam de funcionar durante a tempestade.
Com a ausência dos agentes de trânsito em alguns entroncamentos viários, os próprios motoristas tiveram que organizar o fluxo em cruzamentos de grande movimento como o encontro da avenida Deputado Benedito Matarazzo com a avenida Nelson D`ávila. A falta de energia em bairros como Jardim Aquarius (zona oeste), Jardim América (zona sul) e Vista Verde (zona leste) causou grandes contratempos a moradores.
“Tenho um bebê de três meses. Fiquei nervosa com o chegar da noite e tive que pedir auxílio ao vizinho. Sem contar o prejuízo com os congelados na geladeira. É sempre assim. Basta uma chuva e a energia cai”, afirma a jornalista Roberta Barbosa Castrali, moradora do Aquarius.
A estudante Bruna Siqueira de Ramos foi prejudicada de todas as formas possíveis.
“Peguei trânsito em razão de uma árvore caída na avenida Iguape, no Jardim Satélite. Quando passei encarei outro trânsito para passar no semáforo, já que estava desativado e sem agente de trânsito. Enfim, quando cheguei na faculdade fui informada de que não haveria aula em razão da falta de energia. E para complementar a ‘tragédia’ estava sem bateria no celular. Não tinha como carregar quando cheguei em casa após o estágio, já que havia acabado a energia no meu bairro, Jardim Oriente”, lamentou Bruna, sem perder o bom-humor.
A reportagem entrou em contato com a EDP Bandeirante e secretaria de Mobilidade Urbana, mas ainda não obteve retorno até o prezado momento. Esta matéria foi escrita primeiramente à mão e só não foi postada há duas horas em razão da falta de energia na redação da Life – fato que já ocorreu mais de sete vezes apenas em 2018.
