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Técnico joseense cultiva jovens talentos nas divisões de base do Chelsea

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Gustavo Oliveira cativa os pequenos do velho continente com jeito brasileiro e inspiração em Cruyff

Foto: Divulgação

“Tem apenas uma bola, então você precisa tê-la”, dizia Johan Cruyff. Para Gustavo Oliveira, treinador de futebol joseense, ter a bola nunca foi um problemas dos grandes, tanto taticamente com seu time em campo quanto em sua vida.

Desde pequeno, sempre teve a famosa redondinha ao seu redor, já que seu pai era treinador de futebol amador. Crescendo praticamente dentro dos campos e decidido a viver de sua paixão, o futebol, tornou-se goleiro. Como jogador, atuou em equipes como o São José EC, Campinas FC, Portuguesa desportos e Queens Park rangers, da Inglaterra.


Apesar de ter tido uma carreira consistente, aos poucos enxergou que sua maior vocação não era bem exatamente dentro de campo com a bola nos pés, mas sim ao redor dele, como seu pai costumava fazer.

Após pendurar as chuteiras, dedicou-se a virar treinador. Começou treinando equipes do Moreira’s Sport, de São José, onde dirigiu times no Campeonato Joseense e no Campeonato Paulista. Após sair da escolinha, passou por um período de estágio no time feminino do São José EC, na época treinado por Emily Lima, ex treinadora da seleção brasileira e atual treinadora da equipe feminina do Santos. No São José, Gustavo teve seus primeiros contatos com o futebol profissional atuando como técnico e pôde sentir um pouco do que é disputar grandes campeonatos como o Brasileiro e a Libertadores do lado de fora dos gramados.

O namoro com o velho continente

Enquanto ainda estava no Brasil, Gustavo já tinha em sua mente que queria trabalhar em algum grande clube europeu, e definiu o Chelsea, da Inglaterra, como seu grande alvo. Então, foi para a terra do chá, buscou conhecer mais sobre o time e as oportunidades no clube e mesmo após voltar para o Brasil, a quilômetros e quilômetros de distância, mantia contato com o clube pra saber como poderia conseguir trabalhar nos Blues, seu grande sonho.

Predestinado, sabia o que lhe esperava. Voltou para a Inglaterra e em questão de meses fez os cursos da Federação Inglesa de futebol necessários para conseguir uma entrevista no Chelsea. Cumprindo todas as exigências, Gustavo não só conseguiu uma oportunidade no Chelsea, conhecido como os Blues, como também uma outra entrevista no mesmo dia em seu maior rival, o Arsenal, mas acabou preferindo o time azul. No processo, realizou duas entrevistas práticas e duas teóricas, impressionou o treinador principal e de cara foi aceito.

De malas prontas, partiu rumo ao velho continente com dois desafios em sua frente: ser treinador da base sub-9 de um grande clube inglês e lidar com o frio londrino – esse, segundo Gustavo, o mais difícil de se enfrentar com toda a certeza.

As pequenas promessas

Disputando campeonatos em Portugal, Holanda e na Inglaterra, como a FA Cup, importante competição do futebol inglês que inclusive foi campeão, o treinador diariamente tem a oportunidade de lidar com garotos que um dia podem vir a ser grandes craques.

Os jogadores que treina são muito jovens para se ter a certeza de que vão virar profissionais, porém, alguns dos garotos dão bons indícios de que poderão ser jogadores dignos de seleção. Ele conta que muitas das crianças que treinou no Chelsea, hoje, mais crescidos, estão nas divisões de base mais avançadas no clube e em outros times como o Watford, Crystal Palace e o West Ham. “Por serem muito jovens, ainda não tive o prazer de ver algum jogador que treinei aqui chegar ao times profissional do Chelsea ou de outros clubes, mas quando a idade chegar, tenho certeza de que eles estarão prontos”, conta, orgulhoso.

Foto: Divulgação

Berço do futebol x País do futebol

Historicamente, o futebol moderno surgiu no século XIX na Inglaterra, onde ganhou suas primeiras regras, clubes e teve suas primeiras partidas oficiais. Mas, apesar de nascer em berço inglês, o futebol veio a se aperfeiçoar e se transformar em arte no Brasil, o que gera uma série de comparações sobre o jogo em ambos os países.

Podendo falar melhor do que nós, leigos, Gustavo afirma que a principal diferença entre o futebol brasileiro e o inglês é a velocidade. “O futebol brasileiro é mais lento, principalmente na fase de transição, dando mais oportunidades pro time oposto se organizar. Já o inglês, é muito direto e rápido na transição, ou seja, se o time oposto nao estiver preparado, eles perdem a bola e tomam gol”.

Além disso, ele cita o abismo financeiro que há entre os dois países, o que acaba por ser crucial no desenvolvimento do futebol. Segundo o treinador, tudo no futebol inglês, desde o jogo até a admnistração dos clubes, é muito organizado; treinadores das divisões de base recebem grande apoio dos que estão acima, há muita tecnologia envolvida buscando melhores condições para o jogador e os centros de treinamento dos clubes fornecem tudo o que é preciso para que tanto o clube como os jogadores, funcionários e membros da comissão técnica tenham as melhores condições de trabalho.

“O único ponto negativo, em que o Brasil leva uma boa vantagem, é o fato da Premier League (liga inglesa) ser a liga que mais gasta dinheiro com contratações, o que por um lado é bom, mas infelizmente dá pouco espaço para os jovens das categorias de base dos clubes ingleses dispontarem no time profissional”, comenta.

Falando sobre as diferenças entre os jogadores europeus e brasileiros, de cara ele cita o físico, a disciplina e o jeitinho brasileiro. “Os europeus são fisicamente maiores, mais fortes e muito disciplinados, querendo aprender tudo o que o treinador tem a ensinar, mas, não tem tanta criatividade e ginga quanto os brasileiros, que possuem um poder de decisão muito maior”.

O carinho inglês

Desde 2016 na Inglaterra, Gustavo fala que conquistou o coração de seus pequenos jogadores. “Eles gostam muito de mim porque sou uma pessoa brincalhona, sempre dando risada e fazendo piadas. Na hora de trabalhar eles sabem que tem que levar serio e se concentrar pra poder aprender, a nossa relação é ótima. Eles gostam do Brasil, e sempre perguntam como que é o país e o futebol brasileiro”, conclui.

São José, inspirações e o futuro

Além de treinar o sub-9 do Chelsea, Gustavo treina a categoria sub-13 do Benfica em Londres e também trabalha com o sub-15 de um time chamado Lambeth Tigers, tradicional em revelar jogadores para grandes clubes ingleses.

Seu estilo de jogo, apesar de seguir em grande parte os moldes requisitados pelos clubes que treina, sempre tem uma pitada de suas maiores referências: Johan Cruyff e Pep Guardiola, treinadores famosos por seus discursos fortes e pela defesa de uma filosofia própria de jogo.

“Eu tenho muita paixao pelo que faço, sou como mais um jogador na beira do campo, motivando meus jogadores. Fora de campo, nos treimamentos e no dia a dia, eu cuido mais do ser humano do que do jogador, aconselhando e ensinando eles a serem boas pessoas e lutarem pelo o que desejam”, conta Gustavo.

Atualmente com a licensa B de treinador fornecida pela UEFA, Gustavo afirma trabalhar duro para conseguir a licensa A, ser um “Football Manager” e alcançar objetivos maiores, como treinar um time na Champions League – e vencer a competição -, mas sem esquecer do Brasil, “quem sabe um dia eu não volto, pego o time do São José e ajudo a botar eles lá em cima com algumas novas ideias que tenho, né?”, brinca o treinador.

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