Movimento “O Sul é meu país” fez plebiscito informal neste sábado para consultar população sobre eventual independência da região
Neste sábado (7), os moradores do estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná votaram em um plebiscito informal para que os moradores opinassem sobre os estados se tornarem um país independente do Brasil.
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Com pelo menos 3.043 mil urnas distribuídas em 963 municípios da região, os eleitores deveriam responder a seguinte pergunta: “Você quer que Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formem um país independente?”.
A consulta pública organizada pelo grupo “O Sul é o Meu País”, que contou com 20 mil voluntários, foi composta por uma cédula com as opções “sim” ou “não”. A expectativa dos organizadores é conseguir bater a meta de um milhão de eleitores participando da votação.
A principal justificativa do grupo para propor a separação é a insatisfação dos três estados com o tratamento recebido pelo governo federal.
“Cansamos de sustentar Brasília recebendo migalhas em investimentos na nossa região”, argumenta Celso Deucher, um dos fundadores do movimento. “Nos últimos seis anos mandamos para Brasília mais de 800 bilhões de reais e recebemos de volta cerca de 160 bilhões reais, segundo dados do próprio governo federal. Queremos ficar com os 80% destes impostos e Brasília que fique com os 20%”.
Quem pode votar?
Pode votar qualquer eleitor dos três estados que seja maior de 16 anos. De acordo com o movimento, não há necessidade de apresentar nenhuma documentação de identificação, pois trata-se de uma consulta pública.
Para evitar que a mesma pessoa vote mais de uma vez, cada votante receberá uma marca de tinta azul no dedo polegar direito.
O plebiscito tem validade legal?
O projeto de independência do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná não é permitido pela Constituição Federal e, portanto, não possui nenhuma validade legal. A ideia do Plebisul é apenas consultar a opinião dos cidadãos do Sul sobre o tema.
O que acontece após a votação?
De acordo com os organizadores, os resultados serão utilizados para comprovar, de forma inequívoca, a opinião dos sulistas sobre o assunto.
Em sequência, os resultados serão comunicados a entidades internacionais de defesa do direito de autodeterminação dos povos, ao governo federal e aos governos estaduais do Brasil.
Fonte Exame