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Sensação de insegurança no Aquarius não é justificada pelos indicadores criminais

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Apesar do temor da população, Polícia Militar classifica o bairro como “muito seguro”. Receosos, moradores do bairro se mobilizam, criam associações e promovem reuniões com autoridades para discutir o assunto

Capa da Revista Aquarius Life de agosto

Sem sombra de dúvida a violência dos dias atuais é uma das principais preocupações da população de São José e do Jardim Aquarius. Infelizmente, assaltos e furtos vêm fazendo parte do cotidiano de toda a região. No entanto, a sensação ou percepção da insegurança não é refletida nos índices criminais – principalmente pelo fato de a maioria das vítimas não procurar uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência. Dados da Polícia Militar obtidos pela reportagem apontam o Jardim Aquarius como o bairro mais seguro da região oeste. Bairros vizinhos como Jardim das Indústrias ou Jardim Limoeiro, por exemplo, possuem muito mais delitos. Em uma análise mais abrangente, a própria cidade de São José dos Campos apresenta uma taxa de homicídios relativamente baixa.

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O principal município da Região Metropolitana do Vale possui média de 8,8 homicídios para cada 100 mil habitantes. Para efeito de comparação, o estado de São Paulo possui 12 assassinatos para o mesmo patamar populacional, o Brasil 24 e Taubaté – que acumula considerável aumento na criminalidade – 17. “As principais ocorrências em São José consistem em roubos e furtos de veículos e celulares”, afirma o Capitão Neto do 1º BPM-I (Batalhão de Polícia Militar do Interior).
A mesma situação se encaixa no Jardim Aquarius. “É um bairro bem seguro. Nas regiões central e oeste as imediações da Avenida Rio Branco, no Jardim Esplanada é uma das que concentram o maior número de delitos. Isso devido à presença diária de centenas de estudantes, o que acaba atraindo os marginais”, informa o Capitão.
Mas, relatos feitos por moradores – e não oficializados via boletim de ocorrência – sobre roubos praticados por marginais em bicicletas no Aquarius não são raros. Receosos, residentes do bairro apostam na união e troca de ideias e informações no combate à criminalidade. Grupos de WhatsApp vêm demonstrando grande utilidade, assim como o fortalecimento de associações de moradores do bairro.

Dados fornecido pela PM

Apresentado pela diretoria do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) Oeste em reuniões recentes, o projeto “Vizinhança Solidária” é exemplo de sucesso. Com interação e informação sobre a rotina do morador ao lado, cada vizinho torna-se corresponsável pela casa do outro. De acordo com o Conseg Oeste, o programa “Vizinhança Solidária” reduziu consideravelmente os índices criminais no bairro Jardim das Indústrias.


São José Unida
Desde o início deste ano, as forças de segurança (polícias militar, civil e Guarda Municipal) de São José atuam de forma conjunta. Segundo o Capitão Raval, responsável pelo policiamento das áreas central e oeste, o projeto representa a busca pela excelência no incessante combate à criminalidade.
“A representatividade destes órgãos causa impacto. Essa união de forças é o que mais importa no momento. Até aconselharia outras prefeituras a fazerem o mesmo”, abordou, em entrevista concedida antes de um evento sobre segurança. No mesmo evento, o secretário municipal da pasta de Proteção ao Cidadão, Antero Alves Baraldo, também enalteceu o projeto. “A segurança em São José age de forma integrada. A PM tem acesso às imagens das câmeras do COI (Centro de Operações Integradas). A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) também. Estamos interligados e esta estratégia vem proporcionando bons resultados, inclusive na coibição aos chamados fluxos”, destacou. Segundo Antero, o grupo aliado de segurança tem monitorado principalmente três pontos do Aquarius. “Estamos atentos à movimentação no jardim japonês (em frente ao condomínio Sunset), praça Ulisses Guimarães e pista de skate”, frisou.

Perturbação do sossego
Apesar do descontentamento do público, é imprescindível que o indivíduo que se sente perturbado compareça à delegacia e registre a ocorrência. “De cada cem ocorrências de perturbação do sossego apenas uma é registrada. Se não tem vítima, não há contravenção penal”, relata o Capitão Neto.
Segundo ele, cerca de 80% das ligações referentes a som e barulho são tratadas pelo SAP (Serviço de Atendimento Policial). “São os casos de perturbação e desinteligência, que ocorrem com mais frequência nas noites de sexta e sábado. Metade é resolvida sem a necessidade de deslocamento de viatura”, enfatiza.

Prefeitura – Segundo o secretário de Proteção ao Cidadão, Antero A. Baroldo, a prefeitura e polícias têm trabalhado intensamente contra a perturbação do sossego. “Temos registrado algo em torno de 1000 atendimentos por mês somente com a Fiscalização de Posturas. Temos fiscalizado com a guarda civil e apoio da secretaria de mobilidade urbana. Há alguns especiais, muito específicos. Nestes casos temos feitos notificações e aplicado multas. Há possibilidade de interdição de alguns estabelecimentos que insistem em reincidir na infração. Isso tem ocorrido, só que na maioria das vezes as multas e infrações aplicadas não são divulgadas e não chegam à população”, informa.
Questionado sobre a eventual criação de um plantão do 156 para atender os munícipes perturbados durante a madrugada, o secretário alega que isso pode ser feito via 190. “Aqui em São José é uma coisa só. Se fizer denúncia no 156 e não for de competência da prefeitura, nós encaminhamos ao 190. E vice-versa. De qualquer forma, a reclamação chega até o órgão responsável”, encerra.

Fluxos
Com atuação conjunta, as forças de segurança de São José têm conseguido impedir a realização de alguns fluxos. Segundo o secretário de Proteção ao Cidadão, Antero A. Baroldo, a própria população entra em contato com as autoridades informando sobre a realização dos encontros.
“Recebemos os avisos geralmente via 156 ou 190. Já evitamos a realização de vários fluxos pela cidade, inclusive no Jardim Aquarius (pista de skate). É um processo que envolve dinamismo e organização, já que os locais dos fluxos podem mudar de uma hora para outra”, conta.

Tecnologia e planejamento no combate à criminalidade

Com planos estratégicos de prevenção e patrulhamento – alicerçados em técnicas modernas de atuação -, Polícia Militar faz das ferramentas de inteligência sua principal aliada para a conservação da segurança pública em São José

Composto por três batalhões (1º BPM-I , 46º BPM-I e 3º Baep / Batalhão de Ações Especiais de Polícia, criado em 2014), o contingente da Polícia Militar em São José dos Campos é formado por cerca de 900 homens. Além da estrutura eficaz, a corporação utiliza da tecnologia – além de um moderno sistema de inteligência – como um dos principais aliados no combate à criminalidade da cidade, que amedronta ainda mais a população em períodos de recesso econômico.
Ao todo, cerca de 93 mil policiais militares atendem todos os 645 municípios do vasto estado de São Paulo. No Vale do Paraíba são 3,5 mil. A PM prende diariamente mil pessoas no estado – embora a imensa maioria seja colocada de volta às ruas pelo Judiciário.
Para compreender o funcionamento de um grande Batalhão, a reportagem visitou a sede do 1º BPM-I, responsável por grande parte da cidade – com exceção da zona sul e outros trechos, que competem ao 46º BPM-I. Durante três horas a equipe da Life esteve nas unidades de inteligência, observou treinamentos da Rocam, conversou com policiais de diferentes setores e teve uma base de compreensão do complexo trabalho desempenhado pela Polícia Militar.

Deslocamento de viaturas – Equipada com tablets, as viaturas se deslocam com base nos boletins registrados. O roteiro é definido pelo CPP (Cartão de Prioridade de Patrulhamento) e direcionado pelo PPI (Plano de Policiamento Inteligente). Por estes motivos é primordial que a população faça o registro das ocorrências. As viaturas são avaliadas pelo QFF (Quadro de Fiscalização de Frota)

Comunicação com a prefeitura – Os policiais saem para o patrulhamento de porte do RAIA (Relatório Sobre Averiguação de Incidente Administrativo). Nele, o policial faz uma constatação de ocorrência que envolve a prefeitura e pode potencializar uma situação de risco à segurança, como lâmpadas apagadas, por exemplo. O RAIA é enviado para prefeitura e Ministério Público. Após a explicação, Capitão Neto mostra à reportagem um RAIA recente feito por ele sobre falta de iluminação na Praça Ulisses Guimarães.

NAC (Núcleo de Análises Criminais) – Um dos principais centros de inteligência, o NAC faz – dentre diversos serviços – análise completa das ocorrências e boletins, traça perfil dos criminosos e modus operandi. Também mostra as viaturas em tempo real, velocidade e os nomes dos policiais que estão no veículo. Enquanto a reportagem esteve no NAC foi possível identificar uma viatura em ronda no Jardim Aquarius.

COPOM ON-LINE (Centro de Operações da Polícia Militar) – É o setor destinado ao atendimento do 190. Todas as ligações do Vale do Paraíba para o 190 são recebidas no COPOM situado no 1º BPM-I, que é responsável pelo atendimento de uma região com cerca de 2,5 milhões de pessoas. O COPOM da PM paulista recebe por mês entre 167 e 190 mil ligações. Deste universo, 30% são trotes.
Somente no mês de janeiro deste ano foram mais de 35 mil trotes. Em torno de 20% se tornam ocorrências geradas, mas nem todas competem à polícia. Segundo a PM o 190 recebe muitas ligações sobre mendigos, desabrigado e veículos estacionados em frente à garagem.

Sala de Instrução – Após preencher formulários e documentos referentes ao serviço do dia, os policiais dirigem-se à sala de instrução meia-hora antes de iniciarem o patrulhamento nas ruas. No local são conferidos armamento, parte estética e documentação como carteira de habilitação. Também são passados dados e informações sobre as ocorrências do mês vigente.

Aplicativo Força Comunitária – Desenvolvido por um soldado do 1º BPM-I, o aplicativo permite mapear ações do crime na cidade, fazendo a interação do cidadão com a PM. Também há informações sobre projetos promovidos pela corporação. O “Força Comunitária” está à disposição da população na Play Store.

Grupos de Trânsito no WhatsApp – Muito comum nos dias de hoje, os grupos de trânsito via WhatsApp, que informam localização de viaturas e comandos em tempo real, dificultam o trabalho preventivo nas ruas. Ao contrário do que muitos pensam, enviar fotos de operações ou transmitir realização de bloqueios policiais não são atividade ilegais desde que não ocorra de forma jocosa.

Secretaria de Segurança Pública – A reportagem entrou em contato com a pasta solicitando diversos índices criminais da região. No entanto, a Secretaria de Segurança Pública não repassou nenhuma estatística alegando motivos de segurança.

Atividade Delegada vai pagar R$25,07 por hora ao policial

Valor é inferior ao pago em outras cidades da região como Taubaté e São Sebastião
Sancionado recentemente pelo prefeito Felício Ramuth (PSDB), o retorno da atividade delegada em São José terá contingente de 40 homens. O valor pago – informado pela prefeitura – será de R$25,07. A reportagem apurou que este valor é inferior ao que é pago em outras cidades da região como Taubaté e São Sebastião.
De acordo com a Secretaria de Proteção ao Cidadão, a gratificação é calculada tendo como base a UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) e corresponde à quantidade de horas despendidas pelo servidor estadual no exercício exclusivo da Atividade Delegada. A reportagem questionou o efetivo (40 homens) e o fato de a prefeitura não disponibilizar viatura para os policiais. A Secretaria de Proteção ao Cidadão respondeu que primeiramente vai avaliar os resultados antes de estudar a possibilidade de aumentar o número de policiais e que a locação ou aquisição de viaturas pelo poder executivo pode ser um próximo passo, que vai depender da viabilidade orçamentária.
O novo convênio para o exercício da Atividade Delegada em SJC tem validade até o final de 2017 e custou R$1.732.867,20 aos cofres do município.

Comitê é organizado no Aquarius para debater os anseios do bairro


Nesta terça(15), líderes de cada grupo do Aquarius estiveram presente na reunião para criação de um comitê. A SAB, ABA, Grupo de Síndicos, Grupo Mães na Roda, Grupo Dog Lovers e Revista Aquarius Life decidiram montar um comitê central para unir todas estas forças, pois desta forma ficará mais fácil para os grupos trabalharem em prol do Aquarius. Cada grupo atuará da forma que já vem conduzindo e este comitê fará reuniões periodicamente para debater todas reivindicações.

Participe do Grupo Amigos do Bairro Aquarius – (ABA)no Facebook: www.facebook.com/groups/jdaquarius
Para entrar no grupo de whatsapp da ABA peça no 99770-9128

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