Serviços são realizados pela Sabesp em parceria com a prefeitura

Muitos moradores sentem falta de caminhar ou pedalar pela ciclovia da avenida Salinas, boa parte dela situada às margens do Senhorinha. Garças, teiús e muito verde fazem do local um verdadeiro oásis em meio ao cenário urbano da zona sul joseense. Mas, desde o final do ano passado, erosões aliadas às fortes chuvas causaram um gigantesco desmoronamento, que impede a passagem bem no meio da ciclovia. Atendendo solicitações de leitores, a Life questionou a Sabesp sobre o andamento das obras e a previsão de término.
A reportagem foi até o local e constatou que muita coisa já foi feita nos pontos críticos da erosão. A Sabesp informou que finalizou a fase estrutural de proteção da margem direita do córrego Senhorinha, com o reforço da base do talude e estrutura em gabião para manter a estabilidade do trecho do coletor-tronco – que se rompeu na altura da Rua Montena. Em parceria com a prefeitura, a Sabesp realiza também serviços de aterramento e recomposição da ciclovia.
O trabalho é feito por etapas. De acordo com a Companhia, as obras deverão estar concluídas até setembro. Veja matérias sobre o Senhorinha em informa.life.
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Antes: Maior volume de água e variedade de peixes
Moradores que residem na região desde a década de 80 contam que, além da erosão de hoje, outra diferença é que o córrego possuía um volume de água muito maior que o atual, com diversas espécies de peixes. A aparência era linda, cercada pela mata ainda intocada.
Hoje: Mais pernilongos
Com a poluição das águas, aumentou o número de pernilongos, segundo o morador Alcides Alves do Nascimento. “Ficou insuportável de tanto pernilongo. Além disso, o acúmulo de entulho também virou problema, que suja o Senhorinha e ajuda a causar enchentes e desmoronamentos, como os que ocorreram agora. E o odor desagradável também incomoda bastante”, afirma Alves.
Ciclovia apresenta risco desde sua inauguração, há 5 anos
Os deslizamentos registrados recentemente (na altura da rua Taru, próximo ao campo de futebol) não são novidades na ciclovia da avenida Salinas – que beira o córrego Senhorinha e se estende da rua Lira, no Jardim Satélite, até a avenida Ouro Fino, no Bosque dos Eucaliptos. Inaugurada em 2016, a ciclovia tem cerca de 4 quilômetros e já registrou diversas aberturas de cratera.
“Teve uma época, no trecho situado atrás do Shibata, em que metade da ciclovia caiu. Usuários passavam apertado pelo canto, por cima do pequeno trecho de grama. Agora, este trecho caiu de vez! Tragédia anunciada, sorte que ocorreu de madrugada. Era nítido que por debaixo da ciclovia corria muita água”, afirma o corretor de imóveis, Sidney Almeida Porto.
Questões como o acúmulo de barro e a falta de iluminação são citados por outra usuária. “Caminho pelo local, mas sempre de dia. Tem muito barro. Se for de noite, você não enxerga e o tênis fica atolado no barro, já que a iluminação é fraca e às vezes a escuridão predomina por um bom trecho. Tenho medo, dá bastante insegurança à noite”, relata a dona de casa, Vilma Marli Barbosa.
A ciclovia da Salinas custou R$ 880 mil e foi feita durante a gestão petista de Carlinhos Almeida.