Novos prédios residenciais, salas comerciais lotadas e opções de lazer e entretenimento projetam um final de ano otimista em toda a região
*Matéria Capa da Revista Aquarius Life de Outubro
Aos poucos, e com o avanço da vacinação, a vida vai voltando ao normal. Escolas, cursos, bares e restaurantes, escritórios e consultórios retornam à rotina habitual, gerando deslocamentos, estimulando o consumo e dando força para a retomada econômica no bairro mais próspero de São José dos Campos. A escassez registrada durante o auge da pandemia já contrasta com o cenário atual do último trimestre do ano.
A recuperação fica evidente no Jardim Aquarius, um dos bairros mais requisitados de toda a cidade no que se refere a consumo, prestação de serviços, lazer, especialidades médicas, odontológicas e de saúde em geral. Salas comerciais, antes esvaziadas, agora encontram-se praticamente lotadas.
Principal característica do Aquarius, edifícios residenciais seguem sendo levantados em meio aos arranha-céus. A construção civil, um dos pilares da economia, está em alta! São cinco novos empreendimentos que sairão em breve nas avenidas Maria Auricchio, Alfredo Ignácio, Salmão e nas ruas Itajaí e dos Atuns. Também há novos restaurantes, clínicas e opções de lazer que contribuem ainda mais para a sensação de que, enfim, as coisas estão retornando ao período de antes da pandemia.
Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Previdência registraram em São José, na última divulgação, um saldo positivo de 1570 vagas – número que deve ser maior na próxima publicação do balanço. Este é o oitavo mês seguido de saldo positivo, demonstrando a consolidação da criação de empregos formais no município.
Os setores de serviços, comércio e construção civil alavancam a retomada econômica – que já era aguardada pelo prefeito, Felicio Ramuth. “Há alguns meses o nosso Setor de Planejamento e Pesquisa já tinha apontado para esta direção. Eu mesmo já havia falado em algumas entrevistas sobre este cenário otimista. São José está ajudando toda região a retomar o crescimento. O que me surpreende é o setor de bares e restaurantes investindo, não só retomando os empreendimentos que já tinham, como também abrindo novos em uma velocidade que não imaginávamos. Isto nos dá muita alegria e um reconhecimento cada vez maior da capacidade do empreendedor” afirmou Felicio.
Na visão do prefeito, a pujança da cidade está a olhos vivos. “A grande maioria das áreas comerciais está alocada. Tudo isso conspira a favor do desenvolvimento. É uma realidade. Percebo que todos os setores estão colhendo resultados com projeções ainda melhores. Teremos um excelente último trimestre. Tivemos recorde de emprego gerado em agosto e o de setembro será maior ainda. E esperamos mais, já que vão começar as contratações temporárias de final de ano, que trazem ainda mais recursos”, enfatizou.
As projeções de Felicio foram corroboradas pelo governador do Estado. Em evento recente no Parque Tecnológico, João Doria – que almoçou em um restaurante do Aquarius – esbanjou otimismo e confiança. “É a hora da virada. A pandemia está controlada. Este último trimestre será ótimo do ponto de vista econômico. São José e região já estão colhendo os frutos desta retomada”, destacou.
Novas opções de lazer e entretenimento seguem surgindo pela região. Basta um passeio pelas principais avenidas do bairro, como Comendador Vicente Penido e Cassiano Ricardo, para constatar os benefícios e oportunidades proporcionados pela recuperação da economia joseense. Vale ressaltar que, apesar de amenizada devido à vacinação, a pandemia continua e as regras de prevenção precisam ser mantidas.
Salas comerciais
Síndicos de prédios comerciais do Jardim Aquarius confirmaram o aumento das locações das salas. “As ocupações vêm amentando bastante. Sentimos um crescimento considerável nas locações quando a vacinação atingiu 50% da população adulta. Hoje temos apenas cinco, seis salas desocupadas. A retomada vem ocorrendo”, afirmou o síndico do Le Classique, Hélio Rodrigues da Silva Júnior.
Segundo o entrevistado no início da pandemia, em março, abril e maio de 2020, houve uma quantidade razoável de pessoas que entregaram as salas. “Naquele momento não havia perspectiva. Salas ficaram desocupadas por questões financeiras. Conseguimos manter uma baixa porcentagem de inadimplência devido ao plano de contingência que adotamos e deu certo. Agora com a melhora da economia a tendência é que a inadimplência caia ainda mais. E a procura por salas segue grande. Todos os dias recebemos solicitações”, completou Silva.
A situação é similar no Madison Tower. “A inadimplência em setembro deste ano apresentou redução de 16%. Isso foi motivado pela troca de ocupantes das salas. Os antigos inquilinos entregaram as salas com algumas pendências de condomínio. Os novos procuraram atualizar a situação, então quitaram estas dividas para assumir os imóveis”, avaliou Orlando Orlandi.
No edifício Costa Rica Empresarial, as ocupações giram na casa dos 92%. “Está praticamente cheio. E deve lotar até o final do ano. Só não lotou ainda em razão da necessidade de acabamento interno em algumas salas como serviço de pintura, iluminação, pisos e divisórias”, comentou Vicente Ribeiro. Já em um dos maiores do Aquarius, o New Worker Tower, que tem 342 salas, o síndico contou que não sentiu tanta diferença devido ao perfil do prédio. “São muitas clínicas médicas, então não houve muita queda. Mesmo assim, tudo voltou ao patamar de antes da pandemia com uma movimentação diária de cerca de 1,2 mil pessoas no edifício”, disse Alexandre Rocha, que também é responsável pelo Hyde Park.
“Sentimos uma ligeira queda durante a pandemia, já que muitos foram para o home-office. Como reduzimos a taxa do condomínio conseguimos manter uma ocupação aceitável. Hoje o movimento no Hyde Park está em torno de 400 pessoas por dia. Senti um aumento considerável nos frequentadores do hortifrúti Sítio Verde, que fica no piso térreo”, analisou Rocha.
Setor imobiliário
Segundo Mário Simões, da Simões Imóveis SJC, antes da pandemia havia muito mais imóveis disponíveis do que a demanda pela procura – situação que mudou de forma drástica. “Agora a situação se inverteu. Há pouco imóvel disponível e a procura está grande. Em dois, três dias de anúncio o vendedor já consegue negociar o imóvel”, relatou. Conforme mensuração de Simões houve uma valorização de cerca de 20% entre o período atual e o do início da proliferação do novo coronavírus.
“Muita gente aproveitou a pandemia para tirar dinheiro de investimentos e comprar imóveis. O que não anda muito atrativo são os financiamentos. Como consequência do aquecimento as taxas de juros aumentaram nos últimos dois meses”, frisou. Um fato interessante, segundo o entrevistado, consiste na preferência atual do mercado por casas ao invés de apartamentos.
“Isso vem ocorrendo. Muita gente está migrando do apartamento para casa. No Urbanova, por exemplo, anda difícil achar opção disponível. Também percebo o chamado fluxo de migração da capital para o interior. Com a consolidação do home-office, muita gente de São Paulo tem procurado imóveis em São José em busca de uma melhora na qualidade de vida”, encerrou.
3 Respostas
Qualidade de vida é morar no aquarius….kkkkkkkkk
Tá doendo o cutovelo de muita gente lendo essa matéria aqui kkkkkk
Nego se mata pagando 3 a 4 mil de aluguel só pra morar aqui kkkkk
Os juros dos financiamentos estão subindo um pouquinho todo mês,vamos ver até onde vai chegar,mas realmente o ano de 2021 foi muito bom para os imóveis em geral….