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Pra que galo se temos cigarras?

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O grito da cigarra pode chegar facilmente a 120 decibéis, nível danoso para a audição humana, ou pode ser inaudível para nós e mesmo assim fazer os cachorros uivarem de dor.

Os dias e noites quentes da primavera são de deleite puro para a espécie e a alegria é tanta que incomoda muito gente. No Jd. Aquarius e Jd. Alvorada, zona oeste de São José dos Campos chegam ao ponto de cantarem as 5h da manhã e despertar os moradores. “Pra que galo se temos cigarras” desabafa um morador.

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Andar por aí nestas tardes primaveras, em muitas das nossas ruas e praças, é sinônimo de estar disposto (ou nem tanto) a ouvir a sinfonia estridente de centenas de cigarras, além de levar surpreendentes chuveiradas de xixi delas na cabeça.

O número de cigarras esguelhando nestas tardes quentes de primavera aumentou – e a altura do seu canto também. Na verdade, são vários os fatores que contribuíram para isso. Nossas cidades foram arborizadas com árvores que são hospedeiras das cigarras. Quem as plantou escolheu as espécies pela beleza da copa, pelo porte das árvores, pelas flores e pela sombra que proporcionariam. O quesito “casa de cigarras” foi percebido depois que a coisa ficou feia. O ambiente urbano também atraiu os insetos por outro motivo. “No meio rural, as noites de lua cheia e calor são noites de cantoria das cigarras por causa da claridade. Como nas cidades toda noite é clara, a cigarra se confunde com tanta luz e segue cantando a todo vapor por noites a fio”, diz o biólogo Marcos Pelosoa.


Tudo isso junto transformam nossas cidades em verdadeiros paraísos para o inseto – sem falar no detalhe mais favorável da vida urbana: o privilégio de estar bem longe dos seus predadores naturais. Sem macacos-pregos, gaviões carcarás e anús-brancos à vista, as cigarras declaram as copas dos ipês e cibipurunas de nossas praças e avenidas como sendo seus quartéis generais. E dá-lhe xixi na cabeça das visitas indesejadas.

As fêmeas adultas de cigarra são fecundadas pelo macho no período de intensa agitação, que é quando os machos cantam mais. Depois de fecundadas, as fêmeas põem seus ovos em ramos e folhas de vegetais, e morrem logo após. Quando os ovos das cigarras eclodem, saem ninfas (insetos jovens) que descem da planta e se enterram no chão, alimentando-se da seiva das raízes.

Dependendo da espécie de cigarra, a fase em que ela fica enterrada no solo pode durar de quatro a dezessete anos. Depois de passar por esse período ela abandona o solo e sobe nas árvores. Uma vez nas árvores, a cigarra sofre uma transformação, tornando-se adulta e apresentando-se pronta para o acasalamento.

No Brasil, nesta época da primavera, as cigarras ficam em intensa agitação, e os machos que possuem aparelho estridulatório em seu abdome emitem sons para atrair as fêmeas. Cada espécie de cigarra tem um canto diferente, sendo que as maiores fazem mais barulho, principalmente nos dias mais quentes.

O barulho feito pelas cigarras é alto, por isso tanto os machos quanto as fêmeas possuem um par de membranas que funciona como orelhas, para que o som estridente não provoque danos ao inseto.

Os machos de cigarras cantam não só para atrair as fêmeas, mas também para manter seus predadores bem longe, principalmente as aves. Ao cantar, o som alto e estridente das cigarras machuca o ouvido sensível das aves, além de atrapalhar na comunicação do grupo.

As cigarras têm importância positiva e negativa no ecossistema. A importância positiva é servir de alimento para predadores, e a negativa é a de ser praga para algumas culturas. Quando as ninfas das cigarras estão no subsolo, sugam a seiva das plantas pelas raízes, provocando ferimentos que servem de porta de entrada para fungos e bactérias causadores de doenças.

 

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Primeira Resposta

  1. Muito bom ser informada com precisão sobre esse bichinho tão barulhento. Gostaria de saber quanto tempo demora para a fêmea liberar as larvas após a cópula e se a fêmea morre depois desse episódio. Obrigada

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