Paralisação mantida em prol da redução no preço dos combustíveis, não à privatização e ao processo de desmonte da Petrobras
A greve continua. O Sindicato dos Petroleiros de São José dos Campos informou na tarde desta sexta-feira (30) que os petroleiros e petroleiras da Revap (Refinaria Henrique Lage), em São José dos Campos (SP), seguem de braços cruzados por tempo indeterminado em todo o país.
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Durante a manhã, os trabalhadores do Grupo 2 e do horário administrativo da refinaria já pararam. Também houve um ato com apoio de diversos sindicatos da região (Metalúrgicos, Químicos, Alimentação, Condutores, Servidores Municipais, Correios e Construção Civil), mostrando que todas as categorias apoiam a mobilização legítima dos petroleiros. No período da tarde, uma nova mobilização ocorreu na porta da refinaria, na entrada do turno das 15h.
Na pauta de reivindicações da paralisação nacional estão a redução no preço dos combustíveis, não à privatização e ao processo de desmonte da Petrobras, em defesa dos empregos e Fora Pedro Parente.
Pedro Parente, que está na presidência da Petrobras, tem no currículo larga experiência em desabastecimento para atender anseios do mercado: em 2001, foi ministro do governo FHC, um dos principais nomes da crise do apagão energético. Hoje, é o principal responsável pela crise da alta de combustíveis que motivou a greve dos caminhoneiros e a dos petroleiros.
Isso porque Parente é o grande responsável por aplicar essa política nefasta que nivela os preços dos combustíveis com o mercado internacional com o único objetivo de tornar a empresa mais atraente aos olhos dos investidores estrangeiros.
“Essa política já se mostrou ineficiente. A população não concorda com o reajuste quase diário dos combustíveis e gás de cozinha. O apoio popular à greve dos caminhoneiros e, agora, à greve dos petroleiros, tem deixado isso muito claro. “É preciso parar com essa política já. Queremos uma Petrobras brasileira para que o país tenha combustíveis a preços mais acessíveis para todos”, disse o presidente do Sindipetro/SJC, Rafael Prado.
A greve segue com forte adesão dos trabalhadores em unidades da Petrobras espalhadas por todo o país.
Confira abaixo unidades da Petrobras atingidas pela greve dos petroleiros:
Refinarias
REFAP (Canoas/ RS);
REPAR (Araucária/ PR);
Araucária Nitrogenados (Araucária/ PR);
Usina de Xisto (São Mateus do Sul/ PR);
RECAP (Mauá/ SP);
REPLAN (Paulínia/SP);
REVAP (São José dos Campos/ SP);
RPBC (Cubatão/ SP);
REDUC (Duque de Caxias/ RJ);
CENPES (Rio de Janeiro/RJ);
REGAP (Betim/ MG);
RNEST (Ipojuca/ PE);
LUBNOR (Fortaleza/ CE);
Terminais
Terminal Alemoa (Santos/ SP);
Terminal Pilões (Santos/ SP);
TEBAR (São Sebastião/ SP)
UTGCA (Caraguatatuba/ SP)
TABG (Rio de Janeiro/ RJ);
TEBIG (Angra dos Reis/RJ);
TEVOL (Volta Redonda/ RJ);
Terminal de Paranaguá (Paranaguá/PR);
Terminal de Suape (Suape/ PE);
TECARMO (Carmópolis/ SE);
Temadre
Exploração
CE, plataformas: sem rendição, sem embarques;
UPGN Pilar (Pilar/ AL);
Campo Terrestre de Furado (São Miguel dos Campos/ AL);
Plataformas do Norte Fluminense: greve iniciou em diversas plataformas;
Plataformas da Bacia de Santos: em greve.