Falta de cuidados durante passeios pelos bairros preocupa moradores e reforça a necessidade de práticas responsáveis

Por Gabriela Cobianchi / @gabcobianchi
*Editorial revista Aquarius Life – Dezembro 25
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Quem caminha ou passa de carro pelo Jardim Aquarius facilmente percebe uma cena já incorporada à rotina do bairro: cães de diferentes portes circulando pelas calçadas, interagindo entre si e com moradores — especialmente crianças, que costumam se encantar com a presença dos animais. A relação afetuosa entre tutores, pets e a comunidade é evidente e positiva, mas também expõe desafios importantes que preocupam quem convive diariamente no local.
A prática de passear com cães no início da manhã ou após a jornada de trabalho é antiga, saudável e recomendada pelos veterinários. Mas, junto aos benefícios surgem problemas recorrentes. O odor de urina acumulada, a presença de animais sem coleira e a falta de cuidados básicos durante o trajeto continuam sendo motivo de queixas e reforçam a necessidade urgente de conscientização sobre o passeio responsável.
Para muitos moradores, o incômodo já se tornou habitual. “Gosto de caminhar pela praça com meu cão, mas quase sempre encontro locais com cheiro forte de urina” relatou a moradora Regina N. Massao. “Tudo seria mais fácil se as pessoas carregassem água para diluir o xixi e uma sacolinha para recolher as fezes. É um gesto simples e demonstra respeito a todos” completou.
Outro ponto frequentemente citado é a ausência de coleiras e – em alguns casos – de focinheiras em cães de raças que demandam manejo obrigatório. “Tenho medo quando vejo um cachorro solto vindo na nossa direção. Nem sempre sabemos se é dócil. Isso atrapalha muito o passeio” afirmou Nelson Chad, tutor de dois cães idosos de pequeno porte.
A legislação reforça esse cuidado. De acordo com a Lei nº 11.531/2003, o uso de focinheira é obrigatório para cães de raças como Pit Bull, Rottweiler, American Staffordshire Terrier, Staffordshire Bull Terrier, Dog Argentino, Fila Brasileiro e Tosa Inu — mesmo que o animal seja tranquilo. O objetivo é prevenir acidentes e garantir segurança para todos nos espaços públicos.
Além das questões de convivência outro fator exige ainda mais atenção nesta época do ano: o calor excessivo. Veterinários alertam que o asfalto quente pode causar queimaduras graves nas patas dos animais. A orientação é simples: se a superfície está quente para a mão do tutor, também está para as patas do cão. A hidratação também é fundamental. Assim como os humanos os animais sentem sede e sofrem com temperaturas elevadas, especialmente durante passeios longos. Levar água fresca e respeitar os limites físicos do pet são atitudes essenciais para evitar quadros de desidratação ou hipertermia.
Com pequenas ações é possível promover uma convivência harmoniosa, preservar os espaços públicos e garantir mais segurança e conforto para todos — humanos e animais.







Primeira Resposta
E quem chamar quando encontramos com um cachorro como um pit Bull, por exemplo, sem focinheira? Aqui no Aquarius tem um rapaz que sempre caminha com o pit Bull dele sem focinheira, assustando a todos.