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Parece saudável, mas não é…

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Indústria alimentar coloca no mercado produtos que destacam a nomenclatura diet ou light, mas que na verdade são compostos por ingredientes naturalmente ricos em açúcares

Vivemos uma epidemia de obesidade e junto dela surgiram inúmeros problemas de saúde que prejudicam a qualidade de vida ou até mesmo que podem levar à morte. Diante disto, as pessoas mais conscientes começaram uma busca por saúde e prevenção de doenças ligadas à má alimentação.

A alimentação saudável passou a ter um papel de destaque nos meios de comunicação e programas governamentais. Os médicos se viram obrigados a estudar para entender melhor o assunto, mudando o foco da medicina puramente curativa, para uma medicina que previne e trata doenças através da alimentação e do estilo de vida. Surgiram programas de TV com dicas de saúde, blogs, vídeos no Youtube, redes sociais, WhatsApp, enfim, uma avalanche de informações. Somado a isso tudo, a indústria alimentícia aproveitou a “onda” e começou a colocar no mercado produtos com diversos chamativos para atingir exatamente esse perfil de consumidor.


Os nomes atrativos são muitos, como light, diet, fit, integral, natural, zero, etc, e a leitura dos rótulos pode conduzir os mais leigos ao erro, visto que a legislação atual não impede que haja informações confusas. Como exemplo, temos uma barra de cereais de banana diet. Um diabético ou alguém que queira reduzir o consumo de carboidratos pode pensar que ao consumir um produto DIET está consumindo algo saudável. Porém, ao ler os ingredientes no rótulo, percebe-se que os mesmos são naturalmente ricos em açúcares. Pela legislação vigente, basta colocar um pequeno anúncio aos diabéticos alertando que há açúcar naturalmente presente nos ingredientes, para escrever em letras garrafais que o produto é DIET.

Na verdade, o simples fato desses nomes estarem presentes na embalagem não significa que os produtos são melhores ou mais saudáveis do que os seus similares. Para entendermos o que cada um desses termos significa, vamos às definições:

Alimentos diet são destinados às dietas com restrição de nutrientes, como carboidratos, gorduras, proteínas ou sódio. Não significa que sejam reduzidos em calorias.
Ligth pode ser utilizado em duas situações: quando é baixo ou quando tem redução de, no mínimo, 25% de algum nutriente (açúcares, gorduras totais, gorduras saturadas, colesterol ou sódio) ou quando um produto é baixo ou reduzido em valor energético.

O alimento zero apresenta isenção ou restrição de algum nutriente comparado com a versão tradicional, havendo um limite máximo determinado pela Anvisa.
Produtos que apresentam a palavra FIT podem não significar nada, visto que não existe essa categoria registrada nos órgãos reguladores.

Caso você, leitor, esteja em busca de uma alimentação saudável, procure consumir produtos naturais, “comida de verdade”, que normalmente não vêm acondicionados em embalagens e não precisam de uma longa lista de ingredientes com nomes impronunciáveis, mas que estão ricamente presentes nas hortas, pomares, feiras, açougues, fazendas e nas memórias mais felizes dos nossos antepassados, que pouco sofriam com a obesidade e comorbidades a ela relacionadas.

Dra. Tássia Dornellas Oliveira Bourguignon
Pós-graduada em Nutrologia | CRM-SP 161020
Avenida Cassiano Ricardo, 601, sala 95
Tel.: 12 3922-9821
Instagram: @dra.tassiadornellas

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5 Respostas

  1. Muito interessante e esclarecedor a abordagem da Dra. Tássia Dornellas. De fato, a indústria alimentícia vem inundando o mercado com todo tipo de produtos, uma verdadeira parafernália com promessas de alimentação balanceada e saudável. Mas o que se tem, é muita química e produtos industrializados..só veneno…é necessário retroceder e buscar a alimentação natural, reaprender com os mais antigos. Parabéns Dra. Tassia.

  2. Indústria alimentícia é erro de português.
    O correcto será indústria alimentar.
    A indústria só poderia ser alimentícia se ao comê-la, a indústria, ficássemos alimentados.
    Nós não comemos a indústria, comemos os produtos que podem podem ser alimentares ou alimentícios e nesse caso os adjectivos passa a ser sinónimos. O artigo é muito bom mas cuidado com a língua é fundamental.
    Cumprimentos,
    Nelson

    1. Nelson, muito obrigada pelo comentário e pela preocupação com a língua portuguesa. Isso me fez pesquisar e perceber que não há nenhum erro no termo “indústria alimentícia” , visto que o mesmo está descrito em artigos da área, sendo inclusive título de livros. De qualquer forma, agradeço! Cordialmente,
      Tássia Dornellas Oliveira Bourguignon

  3. Muito boa a matéria, Dra. Obrigada!
    E reforçou uma coisa que já pensava… Precisavam pensar em outro nome para “Tabela Nutricional” nos alimentos industrializados, pois quase não se lê nada que seja realmente nutritivo nela.

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