Pais denunciam retirada de tecnologia usada na alfabetização e vazamento perigoso próximo à escada em unidade terceirizada da prefeitura

“Meu filho simplesmente ficou desanimado com o fim da tela interativa.” A fala emocionada de uma mãe representa o sentimento de frustração que tomou conta de dezenas de famílias com filhos matriculados no CEDIN Fernando Tao de Azevedo, no bairro Jardim Satélite, zona sul de São José dos Campos.
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A escola, que pertence à prefeitura, mas é gerida por uma empresa terceirizada, virou alvo de críticas e denúncias de pais inconformados com recentes mudanças e problemas estruturais não solucionados. A mais polêmica delas: a retirada da tela interativa usada em sala de aula, que havia se tornado uma ferramenta essencial no processo de alfabetização e desenvolvimento das crianças.
O fim da interatividade: “As crianças adoravam a tela, por que tirar?”
Segundo relatos dos pais, a tela interativa, utilizada em atividades pedagógicas, promovia engajamento, atenção e entusiasmo entre os pequenos. Agora, com sua remoção, alunos e professores estariam desmotivados, sem entender os motivos por trás da decisão.
“Todos os alunos e professores adoravam a tela, que impulsionava concentração, atenção e interação. Incompreensível esta atitude de retirarem a tela interativa das crianças”, desabafou uma mãe à reportagem da Life Informa.
“Infelizmente, este é o retrato da educação terceirizada da cidade de SJCampos. A qualidade histórica da rede municipal vem sendo completamente deteriorada com esta terceirização, que infelizmente vem prejudicando e muito a qualidade do ensino”, opinou um pai, indignado.
De acordo com os familiares, a direção da escola até reconhece a importância da tela, mas alega não ter autonomia para decidir sobre sua permanência. “Apenas nos manda falar com a prefeitura. Revoltante este descaso. Além da retirada dos equipamentos, esta terceirização é ruim em todos os sentidos”, afirmou outro responsável.
Uma mãe ainda foi além e cobrou coerência da atual gestão municipal. “Uma cidade que se diz tecnológica permitir que a tecnologia seja excluída das classes. Lamentável, senhor prefeito.”
Prefeitura se posiciona: uso de telas segue “diretrizes pedagógicas”
Procurada pela reportagem, a prefeitura de São José dos Campos, por meio da Secretaria de Educação e Cidadania, explicou que a retirada da tela está em conformidade com normas educacionais. “O uso de tecnologias nas unidades de educação infantil do município segue diretrizes pedagógicas definidas por especialistas da área. Conforme orientações vigentes, a utilização de recursos digitais, como telas interativas e projetores, é recomendada para crianças a partir dos 5 anos de idade, nas turmas da pré-escola”, explicou a nota oficial.
Segundo a prefeitura, o equipamento foi retirado com a intenção de evitar exposição precoce a telas digitais e respeitar o desenvolvimento saudável das crianças. A unidade ainda contaria com projetores disponíveis, caso o uso seja justificado pedagogicamente.
Denúncia de risco: vazamento perigoso em frente à escada preocupa pais

Além da controvérsia sobre a tecnologia, outro ponto tem tirado o sono de mães e pais: um vazamento crônico de água no teto, em frente à escada, que segundo eles, coloca as crianças em risco de queda e acidentes. “É um tapa na cara uma cidade rica destas ter vazamentos por longos períodos, oferecendo riscos às nossas crianças”, afirmou uma mãe revoltada.
Em resposta, a prefeitura esclareceu que o problema se deve a uma falha na bomba da caixa d’água, já identificada pela equipe de manutenção da rede municipal. “Como ainda há acúmulo de água no local e as condições climáticas não têm favorecido a secagem, pode haver ocorrência pontual de pingos nos próximos dias. Mas, o vazamento será cessado em breve”, afirmou o comunicado.
Descontentamento geral e apelo por melhorias
O clima entre os pais é de insatisfação crescente. Muitos veem na terceirização uma causa direta da queda na qualidade do ensino e da falta de diálogo com a gestão escolar. A retirada de uma tecnologia que, segundo eles, estimulava o aprendizado com entusiasmo, foi o estopim para um desabafo coletivo nas redes e grupos de responsáveis.
Enquanto a prefeitura defende a decisão como alinhada às diretrizes educacionais, os pais pedem uma escuta mais atenta às vivências reais das salas de aula. “As crianças adoravam a tela. Por que tirar algo que fazia bem? Isso é desumano”, conclui uma mãe.
A equipe da Life Informa continuará acompanhando o caso, ouvindo a comunidade escolar e cobrando das autoridades ações concretas para garantir educação de qualidade, segurança e respeito às crianças joseenses e suas famílias.
7 Respostas
Um absurdo a escola é ótima as professoras e coordenação são ótimas mas a prefeitura trata com descaso a escola só pq é parceria inaceitável
Os pais devem mesmo cobrar a prefeitura, pois os professores e gestores ficam reféns deste desmonte que vem acontecendo na educação. Se eles não brigarem por uma educação de qualidade ninguém mais o fará!!!
Concordo com a retirada de telas durante a primeira infância. A escola é o principal lugar para as crianças se relacionarem umas com as outras e para desenvolverem habilidades de convivência das quais a Inteligência Artificial não ensina. Uma dica? Leiam o livro Fábrica de Cretinos Digitais, de Michel Desmurget, trata-se de uma tese científica que mostra o porquê os grandes criadores digitais preferem que seus filhos estudem em uma escola longe das telas.
Perfeito seu comentário! O uso de telas na educação infantil é muito prejudicial para todo o processo de aprendizagem, pois é nessa fase que a criança desenvolve habilidades motoras, cognitivas e emocionais essenciais para sua formação.
Escola do Vale do Silício nos EUA é para filhos de bilionários como Google, Microsoft e Apple. Lá não tem computadores nem tablets, apenas para quem é do colegial, é tudo no lápis e papel e quando precisam pesquisar vão para a biblioteca, nada de internet. Nem os pais desses alunos permitem que eles tenham celulares antes dos 15, quando tem são aqueles antigos de teclado analógico. Isso por conta do vício em telas. Já para os pobres ficam impressionados com um computador ou tela em sala de aula “nossa, que moderno”. A atenção dos alunos é meramente pelo vício em telas. A escrita e leitura trabalham a coordenação motora, raciocínio criativo e lógico.
Tela interativa e notebook para alunos não passa de uma tremenda bobagem que não agrega em nada o aprendizado.
Antigamente usávamos o sistema de fonética para alfabetização e a educação era cada vez melhor. Depois dos anos 2000 quando entrou o letramento (Paulo Freire) só caiu. Computador não vai melhorar em nada a alfabetização. Fizeram bem em tirar
Muito bem lembrado! A grande parte dessas mamães de hoje, talvez, por não se desgrudarem do celular, e por consequência terem um parco conhecimento da realidade psicopedagógica de uma criança, brigam atoa.
Esse povão tem mania de chiar, por quase tudo Acho que deveria esperar os resultados.
Isto com toda certeza, tem a liderança de infiltrados comunistas só para atrapalhar o ambiente educacional e social da nossa bela cidade