Operadora do PCC e CV é presa em Taubaté por tráfico de armas e drogas. Suspeita gerenciava logística interestadual para as facções
Uma mulher apontada como operadora do PCC e CV foi presa na quarta-feira (2), em Taubaté, durante uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro contra o fornecimento de drogas e armas às duas maiores facções criminosas do país: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
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Identificada como Ana Lucia Ferreira, de 41 anos, a suspeita foi capturada na avenida Vila Velha, no bairro da Estiva, por agentes da Delegacia de Combate Contra o Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (DCCOLD) do Rio. Ela estava sob mandado de prisão expedido no dia 27 de junho pela 19ª Vara Criminal da capital fluminense.
Com Ana Lucia foram apreendidos um veículo e um telefone celular, que agora fazem parte da investigação em andamento. A mulher é considerada peça-chave na estrutura logística e operacional das duas facções, atuando como traficante interestadual e negociadora de armamentos e entorpecentes.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Ana Lucia gerenciava o transporte e a distribuição de drogas e armas entre estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul, sendo um elo direto entre fornecedores e criminosos ligados ao PCC e ao CV.
A suspeita foi localizada após meses de monitoramento. A investigação identificou que ela mantinha um padrão de vida elevado, com joias, imóveis e carros de luxo, sem possuir fonte de renda compatível com os bens declarados. A movimentação constante entre estados e o sigilo nas negociações levantaram os primeiros alertas para sua atuação criminosa.
Além disso, Ana Lucia tem ligação direta com Elton Leonel da Silva, o “Galã”, ex-companheiro e um dos chefes do PCC, conhecido como um dos maiores fornecedores de drogas e armamentos da América Latina. A conexão com Galã reforça o papel estratégico da mulher na manutenção e expansão do poder das facções criminosas no Brasil.
Prisão e desdobramentos
A prisão em Taubaté representa um avanço importante no combate às estruturas de apoio do crime organizado. Ana Lucia será encaminhada ao sistema prisional do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil ainda apura se a suspeita contava com o auxílio de outros comparsas na região do Vale do Paraíba, e se há imóveis ou bens ocultos que possam ser objeto de sequestro judicial.
A operação também reforça o trabalho conjunto entre estados no enfrentamento ao crime organizado nacional, que tem se articulado com estratégias cada vez mais sofisticadas de tráfico e lavagem de dinheiro.
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