Novo diretor do Inpe assume com meta de reestruturar o instituto, modernizar processos e acelerar projetos estratégicos para ciência e tecnologia no país

O novo diretor do Inpe inicia seu mandato de quatro anos com a missão de reorganizar estruturas internas e acelerar projetos considerados essenciais para o avanço científico do país. Antonio Miguel Viera Monteiro, servidor de carreira e tecnologista sênior do instituto, foi anunciado na noite de segunda-feira (1) após processo seletivo conduzido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
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Experiência e trajetória do novo comando
Antonio Miguel ingressou no Inpe em abril de 1985 e, desde então, atuou em áreas estratégicas relacionadas a projetos tecnológicos e gestão de equipes. Antes de ser nomeado, já exercia funções de direção, o que reforça sua experiência administrativa. Formado em Engenharia Elétrica pela UFES, possui mestrado em Computação Aplicada pelo próprio Inpe e doutorado em Engenharia Eletrônica e Controle e Ciência da Computação pela Universidade de Sussex, no Reino Unido.
Processo de escolha
A seleção para a diretoria começou em março, após a exoneração de Clézio Nardin. A Comissão de Busca avaliou os candidatos inscritos e apresentou uma lista tríplice à ministra Luciana Santos, que decidiu pela nomeação de Antonio Miguel. O novo diretor do Inpe assume com a responsabilidade de conduzir o instituto em um período de reconstrução administrativa e orçamentária.
Primeiros desafios: orçamento, agilidade e reorganização
Segundo Antonio, o primeiro desafio está na reestruturação interna, apoiada pelo orçamento previsto de R$ 112,5 milhões para 2026. Ele destaca que programas internos como “Destrava” e “Desenrola” já reduziram a tramitação de projetos de até 12 meses para prazos entre 40 dias e 9 meses.
A meta agora é mais ousada: alcançar análises em 30 dias e fortalecer a captação de recursos, consolidando melhorias de gestão. Entre as novas iniciativas, a diretoria prepara os programas “Reestrutura” e “Resgata Inpe”, focados em modernização administrativa, planejamento estratégico e recuperação institucional.
Modernização e fortalecimento científico
Antonio destaca que áreas como o Cptec e a ciência atmosférica estão entre as prioridades. O plano diretor para 2027–2031 será atualizado para orientar investimentos e garantir que temas estratégicos tenham continuidade. Outro ponto sensível é a renovação do quadro de servidores: o último concurso ocorreu há 13 anos. O novo diretor afirma que a transição geracional exige medidas urgentes para assegurar autonomia e sustentabilidade institucional.
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