Em visita à RM Vale, Alckmin afirma que prioridade é ampliar setores fora do tarifaço de Trump e aposta no diálogo com os EUA para solução

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (9), em Guaratinguetá, que a prioridade é ampliar setores brasileiros excluídos das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, e não retaliar o país norte-americano.
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Segundo ele, o objetivo é buscar soluções diplomáticas para reverter ou atenuar o impacto do chamado “tarifaço” do presidente norte-americano Donald Trump, que elevou para 50% a alíquota sobre determinados produtos brasileiros.
“A prioridade não é retaliar, é resolver. Procurar ampliar o número de setores que sejam excluídos, que fiquem de fora dessas tarifas, que entendemos extremamente injustas”, disse Alckmin, ressaltando que a medida americana não possui base jurídica sólida.
O vice-presidente também informou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar, no início da próxima semana, um pacote de medidas para apoiar empresas afetadas. As ações devem contemplar principalmente exportadores que mantêm os Estados Unidos como principal mercado consumidor.
Alckmin destacou ainda que os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil e defendeu que a questão seja tratada por meio de diálogo e negociações bilaterais. “Estamos empenhados nisso. É fundamental ampliar setores isentos e garantir competitividade às nossas empresas”, declarou.
Durante o evento, realizado em uma concessionária de veículos em Guaratinguetá, o vice-presidente comemorou também o aumento de 15,7% nas vendas de veículos sustentáveis em julho, resultado atribuído à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dentro do programa Carro Sustentável. Segundo ele, a política reforça o compromisso do governo com o meio ambiente e o estímulo à indústria nacional.
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