Estado de greve é aprovado por motoristas e cobradores em São José, Jacareí e Taubaté. Impasse pode causar paralisação no transporte coletivo
O estado de greve foi aprovado por trabalhadores do transporte coletivo em São José dos Campos, Jacareí e Taubaté nesta sexta-feira (13), após assembleias organizadas pelo Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba. A mobilização, que contou com participação expressiva da categoria, ocorreu em dois períodos — manhã e tarde — nas sedes e subsedes do sindicato. As informações são de Jesse Nascimento.
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A decisão veio após a rejeição da proposta feita pelas empresas concessionárias do transporte público das três cidades: Saenz Penha, Joseense e Maringá, em São José dos Campos; JTU, em Jacareí; e TAU, em Taubaté.
A proposta patronal incluía um reajuste salarial de 5,50%, sendo 0,18% de aumento real e 5,32% correspondente à inflação acumulada no período. Os benefícios, como vale-refeição e cesta básica, teriam reajuste de 4,5%, o que foi considerado insuficiente pelos trabalhadores.
Durante as negociações, o presidente do sindicato, Ronaldo Costa, destacou que a categoria já havia flexibilizado sua reivindicação original. “Ao mesmo tempo em que o Sindicato Patronal ofereceu um aumento real de apenas 0,18%, nós reduzimos nossa pedida para 5,82% mais o INPC. Queremos uma proposta justa e respeitosa”, afirmou.
Ronaldo também garantiu que, independentemente da data do acordo, o reajuste será retroativo a 1º de maio, data-base da categoria. Com a aprovação do estado de greve motoristas, o sindicato deu prazo até sexta-feira, 20 de junho, para que as empresas apresentem uma nova proposta. Caso contrário, a categoria poderá deflagrar greve geral no transporte público das três cidades, o que impactaria milhares de passageiros.
O sindicato reforça que mantém o canal de diálogo aberto, mas alerta: sem avanços concretos nas negociações, a paralisação será inevitável.
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2 Respostas
Inflação dos alimentos no índice que o governo apresenta é só conversa mole. Ninguém acredita.
Os donos das empresas não estão nem aí pra paralisação, eles andam de carro. Como sempre, os mais pobres que vão sofrer o impacto.