Justiça concede liberdade provisória para dupla que fingiu ser motorista de app para assaltar idosa em Taubaté

Mesmo com prisão em flagrante, homens que roubaram bolsa e celular de idosa após se passarem por motoristas de aplicativo receberam liberdade provisória após audiência de custódia

A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória aos dois homens suspeitos de se passarem por motoristas de aplicativo para assaltar uma idosa em Taubaté. O crime aconteceu na última segunda-feira (21), quando a vítima aguardava a chegada do carro solicitado por app. Os suspeitos passaram por audiência de custódia na quarta-feira (23) e foram liberados sob condições judiciais.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a idosa, de 65 anos, esperava na rua Helvino de Moraes, no distrito de Quiririm. Um veículo Ford KA prata se aproximou, mas a vítima percebeu que a placa era diferente da que aparecia no aplicativo. O suposto motorista alegou que havia trocado a placa, e, ao abrir a porta do carro, um homem de moletom azul anunciou o assalto com uma arma – que depois foi identificada como falsa.

A idosa foi surpreendida e teve o celular e a bolsa roubados. A dupla fugiu em seguida. O caso foi rapidamente solucionado graças ao monitoramento da Guarda Civil Municipal (GCM), que, com as imagens do crime, localizou o carro na rua Anardino Pereira Lima, no bairro Jardim Santa Tereza. Durante a abordagem, os agentes encontraram com os suspeitos a arma falsa, porções de cocaína e crack, além dos pertences da vítima, que foram devolvidos.

Os homens, de 23 e 32 anos, foram levados à delegacia da Polícia Civil e presos em flagrante. Apesar da gravidade do crime, a Justiça decidiu pela concessão da liberdade provisória durante a audiência de custódia.

Condições impostas pela Justiça

Para permanecerem em liberdade, os suspeitos devem seguir regras impostas pelo juiz, entre elas:

Permanecer na comarca e não mudar de endereço sem autorização judicial;

Não frequentar bares ou locais similares, nem ingerir bebidas alcoólicas;

Comparecer a todos os atos processuais;

Recolher-se em casa até as 22h, salvo se estiverem comprovadamente trabalhando.

Caso descumpram alguma dessas medidas, os investigados poderão ser presos novamente.

O caso gera discussão sobre a percepção de impunidade e a efetividade da Justiça diante de crimes que envolvem idosos e uso de disfarces para enganar vítimas vulneráveis. A investigação continua, e os suspeitos responderão em liberdade.

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