Funcionários da Gerdau em Pindamonhangaba protestam contra risco de 400 demissões após anúncio de fechamento de setor na fábrica

Os funcionários da Gerdau, em Pindamonhangaba, iniciaram na manhã desta segunda-feira (15) uma greve por tempo indeterminado contra o risco de 400 demissões na unidade. O movimento, liderado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, foi motivado pelo anúncio da empresa sobre o fechamento de um setor de produção de cilindros.
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Segundo o sindicato, o setor em questão reúne cerca de 400 trabalhadores e deverá ser encerrado até o final de dezembro. A entidade afirmou ainda que tentou negociar alternativas, como o remanejamento dos empregados para outras áreas, mas não houve acordo com a companhia.
Em nota oficial, a Gerdau confirmou que encerrará a linha de produtos da área de cilindros em dezembro. A empresa justificou a decisão pelo “cenário desafiador da indústria nacional do aço em função da entrada excessiva de aço importado”, além de destacar que a medida faz parte de uma estratégia de priorizar ativos de maior rentabilidade.
Ainda segundo a Gerdau, há um compromisso de manter diálogo constante com o sindicato e de cuidar das pessoas envolvidas no processo. No entanto, para os trabalhadores, a medida representa um grande impacto social e econômico na região, já que a fábrica é uma das maiores empregadoras de Pindamonhangaba.
Atualmente, a unidade da Gerdau na cidade conta com aproximadamente 2 mil funcionários diretos e 400 terceirizados. Com o encerramento do setor de cilindros, o temor é de que a greve se estenda até que alternativas sejam apresentadas pela empresa para evitar as demissões em massa.
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