Apesar da expectativa de acordo comercial entre China e EUA, notícias de que o Brasil teve déficit em transações correntes levaram a moeda a subir 0,5%
A alta do dólar comercial frente ao real iniciada nas última semanas levou a moeda americana a registrar nesta segunda-feira (25), a sua maior cotação da história. O dólar subiu 0,53%, atingindo o patamar de 4,22 reais para a venda, tornando-se, assim, no valor mais elevado desde o início do Plano Real. O recorde anterior foi atingido há uma semana, na cotação de 4,21 reais.
Más notícias no cenário no Brasil anularam o otimismo no exterior com as negociações comerciais entre China e Estados Unidos, e a escalada do dólar não arrefeceu. O maior vilão do dia foi o anúncio de déficit de 7,9 bilhões de dólares em transações correntes em outubro, que levou o saldo dos últimos 12 meses bater a marca de negativos 3% do Produto Interno Bruto (PIB). O mau humor do mercado levou o dólar a 4,2178 reais na máxima do dia.
O dado veio pior que a expectativa em uma pesquisa da Reuters com analistas, de rombo de 5,475 bilhões de dólares. No mês, os investimentos diretos no país (IDP) somaram 6,8 bilhões de dólares, também abaixo da projeção de analistas de 7,5 bilhões de dólares. Com isso, são renovadas as preocupações com as perspectivas de ingresso de recursos ao país.