A Life Informa realizou entrevistas exclusivas com os seis candidatos à prefeitura de São José dos Campos. Para que você conheça cada uma das propostas, fizemos perguntas baseadas nas principais demandas da população registradas e publicadas em nossa plataforma nos últimos anos. Ao todo, foram oito perguntas iguais para todos os candidatos, além de três questões específicas para cada um deles, que será publicada separada. Essas entrevistas oferecem uma visão clara sobre os planos e compromissos de cada candidato para o futuro da cidade.
1 – São José dos Campos possui um dos maiores colégios eleitorais do estado, com 536.901 mil eleitores. Por que o eleitor, o cidadão joseense, deve votar em você para prefeito da maior cidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba?
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Nós somos a única alternativa com compromisso e propostas para privilegiar o desenvolvimento social ao invés do pretenso desenvolvimento econômico. E o desenvolvimento social significa acabar com a desigualdade, governar para o povo trabalhador e mais carente, priorizar a vida humana, o meio ambiente.
Não vamos privilegiar os magnatas da construção civil, da saúde ou da educação. Queremos e vamos governar para aqueles que, de fato, mais precisam do serviço público.
Nós vamos acabar com a destinação de recursos para a iniciativa privada e valorizar o servidor. Os direitos sociais (saúde, educação, transporte e moradia) não vão mais ser objeto de lucro, mas sim, um direito garantido a todos e todas.
Nós propomos, entre outras medidas:
– Tarifa Zero e municipalização do transporte coletivo
– Construção de restaurantes públicos com refeição gratuita nas periferias
– Internet grátis em toda a cidade em locais públicos
– Isenção de IPTU e taxas municipais a desempregados e aos que já estão incluídos na faixa de isenção do Imposto de Renda
– Crédito a juros zero para os pequenos negócios
– Programa de desenvolvimento da agricultura orgânica, através de incentivos à agricultura familiar, com crédito a juros zero
– Ampliação dos serviços públicos de preservação ambiental, para controle e fiscalização de emissão de poluentes e distribuição de água da cidade; tratamento integral do esgoto; reavaliação das obras e projetos viários, para adaptá-los às reais necessidades do município, visando a não ocorrência ou redução dos impactos sociais e ambientais; criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral (parques) e de uso sustentável (APA’s), para formar corredores ecológicos entre áreas protegidas
– Plano de obras públicas para regularização e instalação de infraestrutura de bairros, construção de rede de saneamento básico, moradia, restaurantes coletivos, postos de saúde, creches e escolas.
2 – Quais as principais deficiências e precariedades da cidade na atualidade?
O atual governo, como os que antecederam, tem a marca da privatização do serviço público. Essa é a fonte da precariedade dos serviços prestados aos mais pobres. São José é uma cidade rica. Mas direitos e demandas básicas da população não são atendidos. Isso só tem uma explicação: o dinheiro está indo para as mãos erradas. É o que vamos mudar, com a busca do desenvolvimento social, com o fim da terceirização dos serviços públicos e valorização dos servidores.
Colocar a Prefeitura e o Orçamento da cidade a serviço dos interesses dos trabalhadores e da maioria da população. Assim, poderemos resolver os problemas que atingem a Saúde, Transporte, Moradia, Educação, Meio Ambiente, entre outros.
A SAÚDE é o principal gargalo sentido pela população. Há demora para se conseguir uma consulta, muito tempo de espera para cirurgia e outros procedimentos. Hoje, o orçamento é grande, mas mal utilizado, pois vai para setores privados, através de terceirizações e privatizações. Por isso, falta insumos, equipamento e mão de obra.
Os trabalhadores da saúde que foram tão reconhecidos na pandemia hoje nem são lembrados, trabalham de forma precarizada com baixos salários e condições ruins de trabalho. A saúde não pode ser explorada para dar lucro a nenhum empresário.
Já o TRANSPORTE PÚBLICO é caro e lotado em horário de pico. Faltam linhas para bairros. Nós, vamos implantar a Tarifa Zero. Ao invés de dar subsídios milionários às empresas privadas, vamos municipalizar o transporte, com uso de ônibus elétricos, e garantir qualidade, horários e gratuidade para todos.
BAIRROS IRREGULARES: Existem em SJC duas cidades. Uma visível e outra invisível, a chamada cidade oculta. São os bairros irregulares onde falta toda infraestrutura. São mais de 80 mil pessoas vivendo nestas condições. Falta saneamento básico. Tudo possível de ser resolvido. No entanto, entra governo e sai governo e a situação do povo destes bairros não muda por falta de vontade política. Nós, vamos enfrentar os interesses da especulação imobiliária e garantir a regularização desses bairros.
Ainda na questão da HABITAÇÃO, é preciso construir casas populares. A fila de inscritos para a casa própria só andou com a histórica Ocupação do Pinheirinho, a partir de 2004. Antes disso, nem secretaria de habitação existia. Apesar da desocupação violenta que houve, retirando milhares de pessoas para entregar para o grileiro Naji Nahas, o terreno está lá, perdido até hoje. E sem pagar imposto, deve mais de R$ 200 milhões de IPTU. Nossa proposta é adjudicar o terreno onde existia a antiga ocupação e dar uma função social à propriedade, construindo casas populares para o povo.
EDUCAÇÃO: Investir pesado na primeira infância. Com creches em período integral, para que as mães possam trabalhar. Acabar com a terceirização também neste setor.
MEIO AMBIENTE: Os especialistas já alertaram que estamos chegando ao ponto de não retorno na questão climática. A cidade precisa se preparar e ter atitude em relação a isso. Nossas propostas são voltadas a dar resposta a esta questão. Temos pontos bastante poluentes que precisamos minimizar e ter uma forte politica para ampliar a cobertura vegetal, como a construção de parques que sirvam como pulmão para a cidade. Localizada entre a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira, a dispersão na cidade é difícil. Por isso, temos de ter politica para a qualidade do ar na cidade e combate à poluição. A Prefeitura deverá inclusive incentivar a compostagem individual do lixo orgânico. Cada condomínio deveria ter sua própria composteira, coisa fácil e viável de fazer. Além de servir para sua jardinagem e até para uma horta orgânica.
3 – Como melhorar as deficiências?
São José é uma cidade rica, mas o orçamento é destinado para obras caras e equivocadas, como o teatro invertido e o arco da integração, além de garantir lucros para setores privados, através de contratos de terceirização e privatização, sem falar em privilégios aos setores mais ricos.
Com o orçamento atual é possível resolver os principais problemas que atingem a maioria da população, desde que direcionemos esses recursos para esse fim e não para atender os poderosos.
Temos que acabar com a terceirização dos serviços públicos, valorizar os servidores, pois são eles que atendem nossa população, e adotar medidas como a Tarifa Zero e preservar o meio-ambiente e, consequentemente, a saúde da população. Temos também de ter políticas em atenção à população idosa que é cada vez maior em nossa cidade, principalmente em relação à saúde preventiva.
É preciso criar a Faculdade Municipal de São José, com ênfase em cursos destinados a combinar a produção tecnológica da região para alcançar os serviços públicos adequados à população.
4 – Qual a sua avaliação sobre o transporte público e o novo modal implantado batizado de Linha Verde?
Como já afirmamos, o transporte em SJC é caro, insuficiente e ineficiente. Nossa proposta é a TARIFA ZERO, municipalização do transporte e substituição da matriz energética da frota atual de ônibus, por fontes limpas e renováveis, implantação do metrô de superfície e da hidrovia do Rio Paraíba do Sul.
A Linha Verde se insere nesse projeto e precisa ser ampliada. Servir como uma artéria, que se abastece de outras linhas próximas. Também ser com Tarifa Zero como o restante da frota.
5 – Como diminuir as filas na saúde? Exames, consultas com especialistas, pronto atendimento…
O problema é sempre o mesmo: a falta de investimento no servidor e terceirização dos equipamentos e serviços.
O resultado dessa política: sofrimento para os profissionais de saúde, com baixos salários e más condições de trabalho, e sofrimento para a população pobre, que enfrenta longas filas para consultas e exames.
São José é uma cidade rica e 25% (R$ 1.029.856.000,00) do seu orçamento bilionário é destinado pra saúde. O problema é que a maior parte desse dinheiro vai para o bolso das OS`s que, apesar do nome, não tem nada de social, pois têm como único objetivo o lucro.
Nós propomos:
– Fim da terceirização/privatização dos serviços municipais de saúde.
– Concurso público imediato para todos os cargos da saúde, especialmente para aqueles que já estão com contratos precários, inclusive médicos para o AME, UBS’s e UMSF’s, com remuneração digna e capacitação continuada.
– Fortalecimento e ampliação dos CAPs e das UBS’s, com equipamentos e equipes multidisciplinares, para que sejam centros de promoção, prevenção, educação, proteção e recuperação da saúde.
– Ala Geriátrica nos Hospitais Públicos.
6 – Qual a sua avaliação sobre a educação municipal? Como melhorar o aprendizado das nossas crianças?
Somente 60% das crianças de 0-3 anos estão em creches, 50% das creches são privadas e somente 40% delas são de período integral. Na educação infantil de 4-5 anos, são apenas 31%. E no ensino fundamental são menos de 20%. O índice IDEB começou a cair em 2021.
Nós vamos acabar com a terceirização e ampliar o atendimento de vagas de período integral para todas as crianças de 0 a 14 anos, garantindo educação, recreação, alimentação e atendimento de saúde. Aqui se inserem as crianças com necessidades especiais, que necessitem de tratamento especializado.
Além disso, temos que ampliar a formação de profissionais para atender as crianças, inclusive as que necessitam da educação especializada.
É importante registrar que não aceitaremos escolas cívico-militares. Escola não é quartel. Aluno não é soldado e policial não possui pedagogia e não é professor. É preciso mais investimento nas escolas e garantia de qualificação e direitos aos professores e professoras da rede.
7 – Sobre habitação, qual a melhor opção para as comunidades do Banhado, no centro, e Menino Jesus, nas Chácaras Reunidas?
Nossa proposta é a implantação de projeto de urbanização no Jardim Nova Esperança, dentro da “APA do Banhado”, mantendo a comunidade local, dotando-a dos serviços públicos necessários. A comunidade vai auxiliar na preservação da área, como já faz. Queremos preservar o Banhado e sua gente.
Já a comunidade Menino Jesus já existe há muitos anos e deve ser regularizada com toda infraestrutura. Inclusive esta comunidade deve ser habilitar a preservar o Rio Comprido que por ação dos empresários do entorno está sendo assoreado permanentemente. Se o poder público não intervir imediatamente podemos ter um rio destruído por esta atividade de empresários.
8 – São José possui mais de mil câmeras inteligentes. Como pretende trabalhar a questão da tecnologia municipal como ferramenta para melhoria da segurança pública?
As câmeras inteligentes continuarão sendo utilizadas para segurança pública. Mas é importante registrar que a Guarda Civil Municipal não vai substituir a polícia estadual, mas se ater a vigiar o patrimônio público.
Em geral, o uso das câmeras inteligentes contribui para a rapidez no esclarecimento de situações que antes demandavam um período maior de tempo. Ou seja, a tecnologia permite que os times de gestão pública tenham um conhecimento preciso e ágil sobre vários aspectos da sociedade.
Vale destacar ainda que em relação à segurança um aspecto que deverá ter maior atenção é o combate à violência contra as mulheres. Esse sistema de câmeras deve estar a serviço de proteção às mulheres nas vias públicas, assim como outras medidas contempladas em nosso programa de governo como delegacias de mulheres 24h, construção de Casa Abrigo, etc.
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