Prevenção aos danos causados no dia a dia é a melhor medida a ser tomada, afirma dermatologista
Uma parte do corpo de certa forma negligenciada por todos nós são as unhas – tanto das mãos quanto dos pés! Na maioria das vezes, apenas danos já avançados levam o paciente ao médico! Mas, a melhor medida que podemos tomar para as nossas unhas é a prevenção dos danos causados, que em grande parte das vezes ocorrem no nosso dia a dia.
“Nossas unhas ficam muito expostas e muitas vezes não percebemos as agressões diárias que elas sofrem”, afirma a médica dermatologista, Natália Roma. Segundo a especialista, são consideradas agressões às unhas o ato de fazê-las semanalmente como lixar, polir, usar alicates e espátulas para remoção das cutículas. “Também é preciso atenção com o uso de produtos de limpeza como detergentes, água sanitária, sabão em pó e desengordurantes”, complementa.
O trauma diário que as unhas sofrem com batidas em gavetas e na digitação do computador são outros cuidados necessários, assim como tratar as feridas causadas pelo uso de sapatos fechados diariamente. “As lesões que vemos com maior frequência são manchas esbranquiçadas, amareladas, castanhas, algumas ‘estrias’ longitudinais, ondulações e o aumento da espessura das unhas em alguns casos”, destaca Natália, antes de ressaltar que o estado nutricional do paciente é muito importante e pode interferir diretamente na qualidade das unhas.
De acordo com a médica alguns medicamentos (principalmente quimioterápicos), estado pós cirúrgico, pós infecção viral (principalmente nas crianças) e algumas doenças também afetam as unhas. “Não podemos nos esquecer das micoses, que atingem em sua maioria as unhas dos pés. Elas surgem principalmente quando criamos um ambiente adequado ao crescimento e desenvolvimento dos fungos: uso de sapatos fechados, sudorese excessiva e mãos que ficam úmidas em grande parte do tempo”, relata.
As unhas têm um crescimento lento; as das mãos demoram cerca de 6 meses para se renovar e as dos pés podem demorar até 1 ano e meio. “Cada caso deve ser avaliado individualmente, com exame físico, dermatoscopia, exames laboratoriais e em alguns casos até mesmo com biópsia pelo especialista, que é o médico dermatologista. Os tratamentos variam desde o uso de medicamentos tópicos a medicamentos por via oral”, destaca a médica. E acrescenta. “Embora em grande parte dos casos as alterações das unhas sejam benignas, também podemos encontrar lesões malignas (certos tipos de câncer de pele) nas unhas”, encerra Natália.
Dra Natália Roma
Dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
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