Das 136 árvores a serem suprimidas, 89 já foram retiradas

Após acordo com o Comam (Conselho Municipal do Meio Ambiente), a prefeitura de São José retomou a supressão de árvores na avenida dos Astronautas na última quinta-feira (22). Enquanto equipes tentavam realizar o serviço, ativistas ambientais protestaram contra a retomada dos cortes, que fazem parte do projeto de construção de uma ciclovia na região sudeste da cidade que ligará a entrada do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial) à Embraer.
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Em entrevista à Life, a jornalista Andreia Luswarghi contou que, no dia 15, um grupo esteve na sede do Comam quando uma moção foi feita recomendando que a prefeitura paralisasse os cortes e informasse a população o projeto da ciclovia. “O que estamos pedindo para prefeitura? Nós somos a favor da ciclovia, mas queremos uma ciclovia com as árvores. Nós temo alguns arquitetos que estão estudando o local, mas a prefeitura recebeu essa recomendação do Comam (de não realizar a supressão das árvores) e hoje de manhã(quinta 22), quer dizer, uma semana depois, veio, cortou várias árvores, grandes árvores, e a gente não pôde ver o projeto inteiro”, questionou a jornalista.
Inicialmente, a previsão era de que 405 árvores fossem suprimidas, número que foi reduzido para 136 após adequações no plano. Das 136 agora estipuladas, foram suprimidas 89. Segundo a secretaria de Manutenção da Cidade, a supressão possui os laudos técnicos de autorização e foi prevista para gerar o menor impacto possível, a fim de manter o maior número de árvores. “Em alguns pontos da Av. dos Astronautas, por exemplo, foram realizadas bifurcações para que se mantivessem as árvores no trecho, possibilitando o melhor aproveitamento da ciclovia e árvores atuando de forma harmônica. Além disso, na avenida, atualmente, existem árvores em que a raiz interfere no passeio e a acessibilidade de PCD’s e pessoas com mobilidade reduzida, conduzindo os mais vulneráveis a uma situação de risco em uma avenida de grande movimento”, explicou a pasta.

Compensação ambiental
De acordo com a prefeitura, em contrapartida às supressões serão replantadas 2645 árvores no Jardim da Granja e nas áreas prioritárias de plantios. “Vale ressaltar que, na última sexta-feira, foram plantadas 136 árvores de 3 metros de altura na avenida onde a obra está sendo executada como parte compensação ambiental, e o restante será realizada a partir do início das chuvas, ideal para a atividade. A Prefeitura de São José incentiva o uso do transporte sustentável, tem aumentado a oferta desses modais e se preocupa em dar melhores condições aos usuários, principalmente de segurança, para esses tipos de deslocamentos. A obra desta ciclovia permite o uso seguro das bicicletas e aumentará a cobertura vegetal no município (de 136 árvores para 2645), dois ganhos ambientais expressivos ao evitar lançamento de poluentes de carros e aumentar o sequestro de poluentes com mais árvores plantadas. O uso de modais sustentáveis, como a bicicleta, diminui as emissões de CO2 e outros poluentes originados pela queima de combustíveis, melhora a qualidade de vida das pessoas e ainda diminui os gastos com transporte. No início de 2017, a cidade possuía 79 quilômetros de malha cicloviária e atualmente são 96 quilômetros, distribuídos em todas as regiões de São José. O objetivo da prefeitura é que, em 2020, a cidade chegue a 157 quilômetros da malha cicloviária”.
Comam
Procurado pela Life, o presidente do Comam Lincoln Delgado afirmou que as ações de responsabilidade assumidas pelo conselho foram realizadas. “O compromisso era aguardar o envio pela Seurbs (secretaria de Urbanismo e Sustentabilidade) e Semob (secretaria de Mobilidade Urbana) do material técnico que justificava o corte, e isso foi feito. A ciclovia da Astronautas faz parte da malha cicloviária pactuada no Plano Diretor e permite interligar ciclovias, o que é fundamental para, por exemplo, um trabalhador deixar o carro na garagem e ir de bicicleta para o emprego. Assim há menos emissão de CO2”, explicou.
Primeira Resposta
fala-se tanto em preservar meio ambiente e o diabo a quatro, porem a verdade é que tanto a população em geral quanto as prefeituras, não estão nem ai pra arvores, rios e fauna, eles querem é se manter no poder a qq custo, vão usar essas obras “viárias” em propagandas eleitorais, todo mundo ja sabe disso. ai vc vai em parques como o ribeirão vermelho, ou aquele no sta ines e percebe que não tem sombra para os usuarios, por que? por que? ãn? alguem sabe responder?.. porque não tem arvores oras bolas, tem aquelas palmeiras que vão levar anos até que se faça uma sombrinha, pois esse tipo de arvore é boa pra condominio não pra parques.. ai pergunto, por que o raio do prefeito não arranca essas arvores desde a raiz e replanta em locais como os citado? sabe por que ele não faz isso? porque ninguém ta nem ai o para o meio ambiente, para o bem estar de quem frequenta, e principalmente, porque ele o prefeito e seus comparsas não frequentam esses locais..