Clínica médica na rua Teopompo de Vasconcelos teve hidrômetro furtado na segunda (14) e recebeu um novo na quinta (17) – que foi furtado na madrugada deste sábado (19)
Apesar dos esforços das autoridades a saga dos furtos de hidrômetros segue a todo vapor pela região central de São José dos Campos. Uma clínica médica situada na rua Teopompo de Vasconcelos foi furtada pela segunda vez nesta semana ao longo da madrugada deste sábado (19). O primeiro furto da semana ocorreu na segunda (14). A clínica acionou a Sabesp, que ao custo de R$ 44 instalou um novo equipamento na manhã de quinta (17). Mas, o hidrômetro instalado já foi furtado.
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“É surreal e desanimador. Trabalho nesta clínica há 45 anos. Já tive problemas ao longo deste tempo, mas nada que chegue perto do caos atual. A Vila Adyana está repleta de mendigos, furtadores, viciados, que causam transtornos e geram prejuízos a quem só quer trabalhar. A região está largada, à mercê dos vagabundos”, destaca um médico que trabalha na clínica.
Em novembro de 2024 a mesma clínica enfrentou problemas com os dependentes químicos da região. De acordo com o médico responsável os profissionais precisaram substituir o atendimento aos pacientes por um mutirão de limpeza. “Eles deixam fezes, urinam em toda a frente da clínica, espalham restos de comida e garrafas quebradas. Cacos de vidro tornam a entrada perigosa. Não há condições de receber pacientes desse jeito”, desabafa o médico.
A situação da Vila Adyana reflete uma crise que também atinge regiões vizinhas, como na avenida José Longo, onde a presença constante de usuários de drogas nas calçadas e praças tem gerado medo e afastado clientes dos estabelecimentos locais, além de furtos.
Além dos danos materiais, como o furto do hidrômetro e atos de vandalismo, há relatos frequentes de ameaças, invasões a imóveis e abordagens agressivas a pedestres. O sentimento predominante é de frustração e desamparo.
Autoridades
A situação tem gerado preocupação generalizada e pressão sobre as autoridades. Nesta semana, a Polícia Militar confirmou à Life Informa que realizou uma reunião com a Sabesp, dando início à chamada prevenção primária, que integra o plano de enfrentamento estruturado em três frentes:
Prevenção primária: articulação com a Sabesp para viabilizar dispositivos físicos de proteção nos hidrômetros. A proposta é dificultar ou impedir os furtos com medidas de engenharia e segurança;
Prevenção secundária: reforço do policiamento ostensivo e preventivo em regiões com maior número de ocorrências;
Prevenção terciária: ações pós-crime, com foco na prisão dos autores e atuação conjunta com a Polícia Civil para identificar e responsabilizar receptadores dos materiais furtados.
Segundo a própria PM, os indicadores de furto apresentaram redução de 5% em relação ao mesmo período de 2024, mas a instituição reconhece o aumento recente de casos na região central e garante que as ações preventivas e repressivas estão em andamento. Ainda neste mês, será inaugurada uma nova Companhia da Polícia Militar no centro da cidade, medida que deve ampliar a capacidade operacional e melhorar a resposta às ocorrências.
Já a prefeitura de São José dos Campos, por meio do programa São José Unida, afirmou que realiza ações preventivas em todas as regiões da cidade e que, nos próximos dias, contará com o reforço de 60 novos Guardas Civis Municipais, com foco no patrulhamento preventivo, especialmente em áreas com maior incidência de delitos como furtos.
Os constantes furtos têm afetado o funcionamento de diversos estabelecimentos. Sem o hidrômetro, muitos negócios ficam impossibilitados de abrir as portas, comprometendo atendimentos e gerando prejuízos que vão além do valor material dos equipamentos subtraídos.
A Sabesp reforça que o furto de hidrômetro é crime. A concessionária também recomenda a instalação da caixa UMA (Unidade de Medição de Água), que ajuda a proteger os medidores contra vandalismo e facilita a leitura do consumo.
Diante do cenário, comerciantes seguem pressionando por soluções urgentes e eficazes, enquanto as autoridades buscam medidas conjuntas para conter uma onda de furtos que, dia após dia, impõe insegurança e prejuízo a quem só quer trabalhar.
3 Respostas
Daqui a pouco quem paga aluguel pra trabalhar vai desistir do local ou até mesmo de trabalhar e a região vai ficar literalmente abandonada.
Tem que ver se isso não é motivado por quem quer provocar desvalorização dos imóveis para comprar barato e fazer prédio.
Manobra desse tipo já foi feito no Esplanada, onde um interessado trazia gente de outro bairro pra votar nas audiências públicas favorável à mudança do zoneamento, enfim, gente que tem muita grana pra investir joga sujo.
Não vejo nenhuma mudança, tanto é que hj estou presa dentro de casa porque o bairro está cheio de bandido, cadê o governo municipal que não faz nada
Cada um tem que assumir as suas responsabilidades: o Tarcísio ( aquele “patriota” que usa boné do Trump) é o responsável pelas polícias militar e civil; e o Anderson pela GCM. Quem mora na Vila Adyana sabe muito bem que o policiamento é nulo na região. Quero saber quem vai pagar os nossos impostos enquanto não pudermos trabalhar? Tarcísio e Anderson estão numa empreitada para destruir a Vila Adyana. Se os moradores e comerciantes não fizerem nada, a situação só vai piorar!!