Sistema Fair Play Financeiro é debatido pela CBF, clubes e federações para reduzir dívidas e melhorar gestão no futebol brasileiro

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e representantes de clubes da Série A e B se reuniram nesta segunda-feira (11) no Rio de Janeiro para tentar avançar na implantação do Fair Play Financeiro no futebol brasileiro. O Fair Play financeiro trata-se de um sistema que busca reduzir o endividamento e promover uma gestão mais equilibrada no futebol brasileiro. A plenária contou também com presidentes de federações estaduais e dirigentes da entidade máxima do esporte no País. As informações desta matéria são do portal Lance!.
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O encontro teve participação maior do que a primeira reunião, realizada em junho, mas a presença de presidentes de clubes ainda foi pequena, a maioria enviou executivos ou representantes dos departamentos financeiros. A pauta principal foi contextualizar a situação econômica dos clubes e analisar modelos internacionais que possam ser adaptados à realidade brasileira.
Um dos destaques foi a participação de Sefton Perry, chefe do Centro de Análise e Inteligência da Uefa e responsável pela implantação do sistema europeu de Fair Play Financeiro. Em apresentação de cerca de uma hora, Perry traçou paralelos entre a Europa e o Brasil, ressaltando que o modelo europeu trouxe resultados consistentes no longo prazo.
Ele lembrou que, no continente, boa parte das dívidas vinha de impostos não pagos, e citou o caso da Espanha como exemplo de mudança. “Em 2010 e 2011, havia clubes com mais de 200 milhões de euros em dívidas para as autoridades fiscais. A partir de regulações rígidas, a Liga e o governo conseguiram reduzir drasticamente esses valores”, afirmou. Perry destacou ainda que restrições como as impostas ao Barcelona, que já enfrentou dificuldades para registrar jogadores, foram decisivas para a disciplina financeira.
Segundo a CBF, a proposta brasileira pretende “mudar a cultura de gestão do futebol” a partir de organização financeira, transparência e diálogo. Embora ainda esteja em fase inicial, o projeto é visto como essencial para garantir mais sustentabilidade e competitividade ao esporte nacional.
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