De autoria do vereador Cyborg (PV), o projeto foi aprovado por unanimidade
Muito se fala, no Brasil, da falta de civismo das crianças e jovens, porém há vários anos a educação não está mais voltada para esse fim
Criado no governo de Getúlio Vargas, em 1936, o costume de se executar o hino nacional nas escolas (públicas ou privadas) tinha como objetivo maior fazer com que os estudantes aprendessem a cantar o hino, além de servir como demonstração de amor à pátria.
Diferente dos Estados Unidos, por exemplo, onde se vê bandeiras hasteadas por todo o país, sejam nas casas, carros, escolas, bares e restaurantes, hotéis, postos de combustíveis, etc., além de uma população que valoriza a terra natal; os brasileiros só demonstram interesse pela celebração em época de Copa do Mundo ou na comemoração da Independência do país, no dia 07 de setembro.
Há alguns anos, tínhamos na grade curricular das escolas a disciplina Educação Moral e Cívica, onde eram trabalhados os hinos brasileiros, as armas nacionais, os órgãos mais importantes do Governo Federal e Estadual, dentre outros assuntos ligados ao civismo. Com isso, tínhamos uma população jovem ligada às questões políticas, de interesse nacional, demonstrando valorizar o Brasil.
Na tentativa de mudar essa desvalorização cívica e motivar a população a ter mais paixão pelo país, o vereador Cyborg apresentou o projeto nesta quinta (6) na plenária da Câmara em São José e o projeto foi aprovado por unanimidade. Agora falta somente o prefeito sancionar a lei.
O vereador Cyborg falou com a Life da importância da proposta de resgatar os valores da cidadania e inclusão das pessoas na boa formação social dos cidadãos. “Trata-se de uma medida que visa incentivar alunos à prática de atos de civismo e amor à Pátria. A junção destas atitudes, podem transformar uma Nação e a dignidade de um País, no que tange ao âmbito da civilidade e cidadania”, comenta Cyborg.
História
A letra do Hino Nacional foi composta por Joaquim Osório Duque-Estrada. Nascido em 1870, foi crítico, professor, ensaísta, poeta e teatrólogo, além de membro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Depois de deixar o magistério, em 1905, voltou a colaborar com a imprensa, em quase todos os diários do Rio de Janeiro. A letra foi escrita em 1909, para a música de Francisco Manuel da Silva, composta em 1831.