Com consumo disparado em 60% no Estado e reservatórios sob pressão, calor extremo coloca abastecimento de água em risco

O governo do Estado de São Paulo emitiu um alerta urgente à população para o uso consciente da água diante das temperaturas extremas que atingem o estado. Nos últimos dias, o consumo aumentou em até 60%, pressionando severamente o sistema de abastecimento e provocando interrupções no fornecimento em diversos bairros da capital e do interior.
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Com termômetros ultrapassando os 36°C, São Paulo registrou nesta sexta-feira (26) a maior temperatura para um mês de dezembro desde 1961, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O recorde anterior havia sido batido apenas um dia antes, no Natal, evidenciando a intensidade e a persistência da onda de calor.
A orientação do governo e da Sabesp é clara: banhos mais curtos, evitar desperdícios e suspender usos não essenciais, como lavar carros, calçadas ou encher piscinas. “A água deve ser priorizada para alimentação e higiene pessoal. A colaboração da população é fundamental para manter o abastecimento”, destaca o alerta oficial.
Nas redes sociais, moradores relatam falta d’água em todas as regiões da capital e também em cidades do interior, como São José dos Campos e Caçapava. A Sabesp informou que o aumento abrupto do consumo exige ajustes operacionais constantes e que áreas mais altas são as mais afetadas devido à menor pressão da rede.
Em dias considerados normais, a produção gira em torno de 66 mil litros por segundo, mas, com o calor intenso, foi necessário elevar esse volume para cerca de 72 mil litros por segundo. Mesmo assim, o sistema segue sob forte estresse.
Além das altas temperaturas, o estado enfrenta uma crise hídrica nos mananciais, causada pela estiagem prolongada e pelo baixo volume de chuvas nos últimos meses. O governador Tarcísio de Freitas reforçou o pedido para que a população economize água, alertando para a queda nos níveis dos reservatórios.
O Inmet mantém alerta vermelho — o mais grave — para onda de calor que atinge São Paulo e outros estados, válido até a próxima segunda-feira (29), indicando grande perigo à saúde e à infraestrutura.
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