Queda de pipa em subestação causou apagão em São Paulo

Apagão deixou cerca de 1 milhão de consumidores em São Paulo e Guarulhos sem energia, no último sábado (31)

Na tarde do último sábado (31) um apagão atingiu cerca de 1 milhão de consumidores em São Paulo e Guarulhos, causado por uma linha chilena de pipa que caiu em uma subestação da Eletrobras. A empresa informou nesta segunda (2) que o incidente, registrado em vídeo, revela como a linha metálica, contendo alumínio em sua composição, gerou curto-circuitos que levaram ao desligamento total da subestação.

O vídeo divulgado pela Eletrobras mostra o momento exato em que a pipa atinge o primeiro barramento da subestação às 17h30. O curto-circuito resultante acionou os sistemas de proteção, que evitaram danos maiores aos equipamentos, mas desligaram o primeiro barramento. Apenas doze segundos depois, uma rabiola feita com linha metálica atinge o segundo barramento, provocando outro curto-circuito e, desta vez, levando ao desligamento completo da subestação.

Este não é um caso isolado. A Eletrobras já registrou cinco incidentes semelhantes em 2023, todos envolvendo pipas. O uso de linhas cortantes e metálicas, como a linha chilena, além de ser ilegal, apresenta riscos significativos tanto para a segurança das pessoas quanto para o funcionamento da rede elétrica. A prática de soltar pipas ou balões em áreas próximas a linhas de transmissão é extremamente perigosa, podendo causar apagões como o ocorrido e também resultar em acidentes graves.

A linha chilena, conhecida por sua alta capacidade de corte, tem sido um problema crescente, especialmente em grandes centros urbanos. Esse tipo de linha é muitas vezes feito com pó de quartzo e alumínio, o que a torna condutora de eletricidade, aumentando o risco de incidentes em subestações e linhas de transmissão.

A Eletrobras reforça a importância da conscientização da população sobre os riscos dessas práticas e alerta para as consequências legais do uso de linhas cortantes. Em caso de queda de pipas ou balões em áreas perigosas, o recomendado é nunca tentar removê-los, mas sim acionar as autoridades competentes para evitar acidentes.

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