Tonhão, ex-zagueiro do Palmeiras, foi jogar no céu aos 55 anos. Ídolo alviverde dos anos 90, ele marcou gerações por sua garra e dedicação ao manto palestrino. Simpático, Tonhão era presença constante em eventos da torcida por todo o país / Por: Humberto Banys

A Sociedade Esportiva Palmeiras e seus 18 milhões de torcedores estão de luto. Tonhão, ex-zagueiro e ídolo incontestável do clube, faleceu nesta terça-feira (22), aos 55 anos, após batalha contra uma grave doença. Tonhão será eternamente lembrado pela sua garra incansável dentro de campo e pelo amor incondicional que dedicou à camisa alviverde. Sua partida deixou o futebol enlutado, marcando um momento de grande tristeza para clube e torcida.
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O insuperável tempo passa, e personagens emblemáticas da máquina alviverde dos anos 90 começam a nos deixar. Assim como Tonhão, o ex-volante Daniel Frasson – que também já partiu (2023) – entrou em campo no épico 12 de junho de 1993, partida mais importante da história do Palmeiras. Reserva em 1994, o atacante baiano Alex Alves é outro que partiu de forma precoce.
Tonhão, ídolo do Palmeiras, conquistou o bicampeonato paulista e brasileiro nos anos de 1993 e 1994, sendo peça fundamental nos times que quebraram a sequência de 16 anos sem título. O zagueiro disputou 161 partidas pelo clube e marcou quatro gols, sempre com uma entrega impressionante que conquistou o coração da torcida. O grito “Tonhão, Tonhão, Tonhão” ecoou diversas vezes nas arquibancadas do Jardim Suspenso, e assim continuará nos corações.
Além dos títulos e da força defensiva, Tonhão também era conhecido por sua acessibilidade e simpatia com a torcida. Sempre disposto a atender os fãs, ele foi uma figura querida não só pelo que fez em campo, mas também pela humildade fora dele. Muitos palmeirenses se recordam de momentos marcantes, como a icônica expulsão que sofreu em clássico decisivo contra o Corinthians, ou as suas voadoras emblemáticas, “sempre na bola”, que se tornaram símbolo de sua raça e entrega.
Briga no Morumbi em 1994
Em um clássico contra o São Paulo no Morumbi, Tonhão surgiu como ‘guarda-costas’ de Edmundo na briga generalizada que teve início depois da expulsão do camisa 7 do Palmeiras e de Juninho Paulista, do São Paulo.
No início da briga, Edmundo ainda atingiu André Luiz com um soco e foi protegido por Tonhão, que atuou como uma espécie de ‘escudo’ do Animal no começo da briga. À frente de Edmundo, Tonhão foi cercado por jogadores do São Paulo e também revidou algumas investidas dos tricolores
Torcida organizada
A Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, também prestou uma emocionante homenagem ao ex-zagueiro: “Tonhão foi um de nós dentro de campo: raçudo, forte e que não desistia nunca. E foi assim até seus últimos momentos, lutando até onde teve forças. Descansou, mas o seu legado viverá eternamente.”
Valeu, Tonhão!
Tonhão não foi apenas um zagueiro; ele personificava o que é ser Palmeiras. “Um ídolo que não é craque, mas que jogava com o coração de um palmeirense”, destacou Mauro Beting, jornalista e amigo do ex-jogador. Muitos torcedores o viam como um reflexo da alma do clube — alguém que representava cada um deles dentro de campo, com a disposição e o amor que todos sonhavam ter ao vestir o manto alviverde.
A diretoria do Palmeiras, em nota oficial, lamentou profundamente a perda e prestou condolências à família e amigos de Tonhão. “Ele será sempre uma parte inesquecível da história do nosso clube, um exemplo de dedicação e lealdade que nunca será apagado.” Enquanto o Palmeiras se despede de seu eterno camisa 4, fica a certeza de que Tonhão já deixou mais forte a zaga do céu, ao lado de outros grandes ídolos. Descanse em paz, Tonhão. O Palmeiras jamais esquecerá o que você fez por essa camisa.
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