A Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza começa nesta segunda-feira (23) em São José dos Campos. As vacinas estarão disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS), das 8h às 17h até o dia 1º de junho, sendo 12 de maio o Dia de Mobilização Nacional.
A estratégia de vacinação tem como objetivo minimizar a ocorrência da doença, as internações e óbitos atribuídos ao vírus influenza nos grupos mais vulneráveis, ou seja, que têm maior risco de evoluir com complicações.
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A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar 90% da população considerada de risco, como as crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os povos indígenas, as pessoas acima de 60 anos de idade, os trabalhadores de saúde e os professores.
Também fazem parte do grupo de risco as pessoas portadoras de comorbidades, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A orientação da Secretaria de Estado da Saúde é que os municípios façam um escalonamento da vacinação para os grupos de risco, ou seja, que ela seja feita por etapas.
Assim, a primeira etapa, a partir de 23 de abril, abrangerá os trabalhadores de saúde dos serviços públicos e privados e as pessoas com 60 anos ou mais. A partir do dia 2 de maio, serão vacinadas as gestantes, puérperas, crianças (6 meses e menores de 5 anos de idade) e indígenas.
A partir do dia 9 de maio será a vez das pessoas acometidas por comorbidades (portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, independente da idade), dos professores, dos jovens sob medidas socioeducativas, das pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A vacina disponível cobre os três subtipos (H1N1, H1N1 tipo B e H3N2). Porém, ela tem maior eficácia para o H1N1.
A doença
A Influenza (gripe) é uma infecção viral aguda, que afeta o sistema respiratório. É de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais e mundiais.
A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém-contaminadas, por secreções respiratórias, pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.
Os vírus influenza, pertencentes à família Orthomyxoviridae, subdividem-se em três tipos: A, B e C, de acordo com sua diversidade antigênica, podendo apresentar mutações. Os vírus Influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, com duração variável, e frequentemente associada ao aumento das taxas de hospitalização e óbito.
O período de incubação dos vírus influenza varia entre um e quatro dias. A maioria das pessoas infectadas recupera-se dentro de uma a duas semanas. Entretanto, nas crianças, gestantes, puérperas, idosos e pessoas com doenças crônicas, a infecção pelo vírus influenza pode levar às formas clinicamente graves como as infecções respiratórias agudas e pneumonias, com risco de evoluir para óbito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que, anualmente, 5 a 15% da população mundial seja acometida pelo vírus Influenza.
Segundo a Vigilância Epidemiológica, este ano, em São José dos Campos, não houve registro de casos confirmados de Influenza. Até o momento, houve 28 notificações (casos suspeitos), sendo 8 negativos (descartados) e 20 aguardando resultados.
Doentes crônicos
Para os doentes crônicos, é imprescindível levar uma solicitação médica que especifique o problema de saúde, que deve estar entre as doenças elegíveis para tomar a vacina. Também pode ser apresentada a última receita médica com a prescrição de medicamentos de uso contínuo que comprove o problema de saúde.
Doenças crônicas e condições clínicas com indicação da vacina:
Doença respiratória crônica
– Asma em uso de corticoides inalatório ou sistêmico (moderada ou grave)
– DPOC
– Bronquioectasia; (dilatação irreversível dos brônquios)
– Fibrose Cística
– Doenças Intersticiais do pulmão
– Displasia broncopulmonar
– Hipertensão arterial Pulmonar
– Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade
Doença cardíaca crônica
– Doença cardíaca congênita
– Hipertensão arterial sistêmica com comorbidade
– Doença cardíaca isquêmica
– Insuficiência cardíaca
Doença renal crônica
– Insuficiência Renal Crônica Grave
– Síndrome nefrótica
– Paciente em diálise
Doença hepática crônica
– Atresia biliar
– Hepatites crônicas
– Cirrose
Doença neurológica crônica
– Condições em que a função respiratória pode estar comprometida pela doença neurológica
– Considerar as necessidades clínicas individuais dos pacientes incluindo: AVC, Indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares
– Doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular
– Deficiência neurológica grave
Diabetes
– Diabetes Mellitus tipo I e tipo II em uso de medicamentos
Imunossupressão
– Imunodeficiência congênita ou adquirida
– Imunossupressão por doenças ou medicamentos
Obesos
– Obesidade grau III (IMC > 40 para adultos; IMC >= 25 para menores de 10 anos e IMC>= 35 de 10 a 18 anos)
Transplantados
– Órgãos sólidos
– Medula óssea
– Portadores de Trissomias: Síndrome de Down e outras Síndromes