Prova reuniu 80 atletas e passou por seis cidades na região de Piracicaba entre estradas rurais com pedras soltas, chão arenoso, montanhas e zona canavieira com acúmulo de 2.800 metros de altimetria
Maluco beleza das ultramaratonas, o incansável seu Áureo obteve nova façanha em março. Dono de uma banca de jornais na avenida Cassiano Ricardo, ele ficou em primeiro lugar geral pelo “Caminho do Mosteiro” – prova que reuniu 80 atletas na região de Piracicaba, com organização da “The Ark”.
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O percurso teve incríveis 140 quilômetros entre estradas rurais com pedras soltas, chão arenoso, montanhas e zona canavieira com acúmulo de 2.800 metros de altimetria entre as cidades de Piracicaba, Charqueada, Ipeúna, Itirapina, Brotas, terminando em Torrinha – onde fica o Mosteiro do Paraíso Igreja São José.
Superando todas as dificuldades, seu Áureo conta como conseguiu a primeira colocação geral. “Nem acreditei ao ser recebido como primeiro colocado geral. Dei minha estrela e pronto”.
Abaixo do depoimento constam outras façanhas do corredor!
Seu Áureo
“Recebi o convite como cortesia da organização na cidade de Piracicaba, sua primeira edição que aconteceu no CAMINHO do MOSTEIRO, caminho de peregrinação partindo de Piracicaba. Entre estradas rurais com muitas pedras soltas, chão arenoso com montanhas e zona canavieira, percurso esse com acúmulo de 2800 metros de altimetria e sempre. Recebi incentivos do também ultramaratonista Marcos Sabonaro, da empresa ‘USO’ tintas e vernizes, que me ofereceu todo suporte financeiro, translado e acomodação em uma chácara de sua irmã, Andrea, que fez apoio logístico na prova. Rodrigo e Jonathan também participaram do apoio. Às 8h no dia 27/3 partimos dividindo o carro de apoio, já que nossos ritmos eram diferentes – o que veio a dificultar tanto para nós, já que fomos obrigados a sair com peso extra no cinturão de sobrevivência. Também foi difícil para o apoio, que ia hora atrás do Marcos, hora atrás de mim que seguia um pouco à frente. Corríamos sempre com o suficiente para 15 km no cinturão entre hidratação e comida, o que dificultava nossa mobilidade natural. Particularmente fracionei a prova em 3 etapas sendo naturalmente a primeira mais rápida, coincidindo com o PC km47, daí pra frente quem não soube administrar o ritmo e os cuidados pessoais (hidratação, alimentação e conforto térmico) pode se dar mal. Às 13h o calor era terrível para todos. Diminuí o ritmo levando comigo no cinturão um inseparável borrifador que ajudou muito no conforto térmico e minha camiseta de manga comprida toda ventilada (aberturas e cortes), sempre umedecida pelo borrifador. No km 80, em um momento de distração na bifurcação, fui para o lado errado e avancei errado 5 km até ser conduzido novamente ao caminho certo, mesmo assim já tinha uma distância considerável para o Marcos. Resolvemos, então, ir para o plano ‘B’: com uma BYKE no bagageiro meu sobrinho Jonathan agora tinha uma missão difícil, que consistia em abastecer sua mochila com hidratação e comida para dois restando 65 km. Partimos pela noite adentro. Andréa e Rodrigo ficaram agora até o final apoiando Marcos Sabonaro. Com apoios e camaradagem de outros atletas consegui o tradicional relaxante muscular (cerveja) no ponto, já que o calor estava derretendo o cérebro na cavidade craniana. A cerveja foi consumida com muita responsabilidade em pequenas doses para fazer o efeito pretendido. Particularmente, minha hidratação e alimentação só eram consumidas nas subidas, momentos em que descasava um pouco para não perder o ritmo. Cheguei no PC 2 com 100 km, então uma canja nos foi servida e uma notícia muito boa nos chegou: eu estava na liderança! Foi um susto bom e a certeza que a teoria planejada deu certo! Bastava continuar, pois o problema agora era de quem vinha atrás (graças a Deus). Partimos logo tomando a canja deliciosa vislumbrando não ser ultrapassado. Mantive a calma, mas os ossos das canelas já latejavam muito. Dores de cansaço do trajeto, com muitas pedras e subidas, pioraram. O sol forte do dia já estava para trás, estávamos na madrugada a dentro. Concluímos às 3h50h! Que alívio, parecia que um elefante havia saído das minhas costas. Nem acreditei ao ser recebido como primeiro colocado na geral. Dei minha estrela e pronto! Faço questão de destacar que nossos apoios foram sensacionais e muito resistentes, fica aqui o registro de sinceros agradecimentos. Há coisas na vida que não tem preço, muito obrigado a Andréa, Rodrigo e Jonathan. Marcos chegou em quarto lugar geral, e se não bastasse o trabalho que demos aos apoios levei no carro um filhote de rolinha que caiu com ninho e tudo após uma chuva forte. Nos deu muita sorte, voltamos todos vivos e o passarinho fez a alegria no evento, todos queriam pegá-lo”.
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Primeira Resposta
Única modalidade esportiva que se originou de uma lenda, seu nome foi instituído como uma homenagem à antiga lenda grega do soldado ateniense Fidípides, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido 42 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para anunciar aos cidadãos da cidade a vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morreu de exaustão após cumprir a missão.