‘Ultra Caminho de Nhá Chica’, mais um desafio superado pelo incansável Seu Áureo

De Conceição das Pedras a Baipendi, foram 111 quilômetros em um cenário magnífico entre vales, montanhas e belas igrejas

Disposição. Superação. Força de vontade. No auge dos seus 58 anos de idade, seu Áureo – que possui uma banca de jornais na avenida Cassiano Ricardo – enfrentou mais um desafio: O Ultra Caminho de Nhá Chica, em Minas Gerais, competição realizada no final de abril.

De Conceição das Pedras a Baipendi, foram 111 quilômetros em um cenário magnífico entre vales, montanhas e belas igrejas. O ultramaratonista de São José dos Campos passou por todas as dificuldades e mais uma vez terminou a prova na primeira colocação.

Confira depoimento de seu Áureo. Abaixo do depoimento constam outras façanhas do corredor!

“Um novo desafio com muita adrenalina nos esperava. Jonathan, meu sobrinho, foi meu apoio de carro. A largada ocorreu às 8h. Logo de cara muitos morros longos e decidas. Com toda cautela fomos avançando o mais rápido que podíamos, mas sempre devagar dentro da zona de segurança (aplicamos na prática toda a teoria dos treinos). Em uma breve leitura da situação, em que o plano “A” era completar em 14 horas, Jonathan trouxe uma primeira parcial da colocação. Estávamos naquele momento no km 55 , na segunda colocação. O coração bateu mais forte, e o improvável, que seria alcançar o primeiro estava prestes a acontecer. Talvez devido ao forte calor o primeiro colocado imprimiu um ritmo forte, que para ele seria normal, por ser novo na casa dos 30 anos. Só que não deu certo, ele teve várias avarias físicas, precisando até ser hospitalizado, infelizmente. Acabei assumindo a ponta no km 60. Após o km 70 fizemos algumas contas: os prós e contras e colocamos o plano “B” em ação, que seria cair para a casa das 12 horas. Em uma tática meio ‘kamikaze’, faltando 40km estávamos em 8 horas. Correndo, fracionei o percurso restante em 8 vezes. A partir deste momento nosso maior adversário era o ‘sr. Tempo’. Travamos a batalha do corpo contra o percurso, ora subindo, ora descendo ainda sob forte sol daquela tarde. Graças aos exaustivos treinos, sincronismo aeróbicos e nasal, alimentação e hidratação sistemática, breves paradas para alongamento pubiano, e o delicado e importante cuidado com o conforto térmico da carcaça velha, e claro, o perfeito apoio de Jonathan (sobrinho) do começo até o anoitecer. Travamos o cronômetro às 20h58, finalizando com 12h58, vencendo naquele momento o Sr. Tempo , também minha limitação física (58 anos) e o medo de sair tudo errado. Arriscar sair da zona de conforto e se superar não tem preço! Não cai no colo, tem que se preparar. Pense nisso, os seus limites estão na cabeça. não na carcaça (se eu consigo você consegue). Concluímos em primeiro!

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