Manifestação pacífica na rua Dr. Vicente de F. Neto, em frente ao prédio do dono da Avibras, teve carro de som e trabalhadores que reivindicam pagamento de salários

A empresa Avibras Indústria Aeroespacial, que tem sua matriz em São José dos Campos, acumula cerca de R$ 1 bilhão em dívidas que envolvem o pagamento dos funcionários, pagamento de conta de luz e outras dívidas. Na manhã desta quinta-feira (27), os funcionários da empresa realizaram uma manifestação pacifica no Jardim Aquarius, zona oeste de São José dos Campos, em frente a um prédio (rua Dr. Vicente de F. Neto) onde, supostamente, mora o dono da empresa.
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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a empresa passa por uma crise severa desde 2020 e os trabalhadores estão em greve desde o dia 9 de setembro do mesmo ano, o que equivaleria a 22 meses sem pagamento.
No dia 31 de janeiro, a Avibras anunciou que está em tratativas com a empresa saudita Black Storm Military Industries para viabilizar um possível investimento executivo à recuperação econômico-financeira da fábrica brasileira, mas, quase um mês após o comunicado, a empresa ainda não divulgou atualizações sobre o andamento das negociações.
O cenário de incertezas preocupa os moradores que afirmam estar passando necessidades. Na manifestação nessa quinta-feira (27), os trabalhadores exibiram faixas e cartazes expondo a situação que se encontram após 22 meses sem pagamento da empresa. Durante toda a manifestação, os operários fizeram barulho com apitos e megafone.
Após cerca de uma hora, a manifestação foi finalizada e o líder pediu desculpas aos vizinhos, mas afirmou ser necessária a atitude dos trabalhadores.
Penhora de ações
Na última terça-feira (25), a 37ª Vara Cível de São Paulo determinou a penhora das ações da Avibras em nome da Rocket Bridge. A decisão atende a um pedido do Fundo de Investimentos Brasil Crédito, que cobra uma dívida de R$ 187 milhões da empresa.
A Life entrou em contato com a empresa e esta matéria será atualizada assim que a empresa se manifestar.
Veja também: Megaoperação da DISE mira líderes do tráfico em São José dos Campos
3 Respostas
Mais uma vez os profissionais “importados” onde fica essa rua de tradicional família joseense?
O nome correto é Vicente De Finis, que morreu jovem.
Vocês não têm mais a figura do revisor?
E se o governo Lula não vai estatizar essa empresa, nenhum outro governo irá. Eu conheço alguns que fizeram o L com essa esperança e agora estão decepcionados… É lamentável e muito triste como foi a perda da ENGESA no passado… Muitos que deram seu melhor tiveram toda sorte de dificuldades para se recolocarem no mercado de trabalho, uma tragédia para esses profissionais…
Fiz o L, mas não vejo motivo pra estatizar prejuízo. Assim fica fácil ser empresário: uma empresa se constitui, pega muito dinheiro público, vai a falência, não paga ninguém e o Estado ainda de quebra compra a dívida.
Fui contra por exemplo a venda da Embraer, que o governo anterior aceitou de bom grado. Felizmente o negócio deu errado e a Embraer continua brasileira. Por quanto tempo é que não é possível afirmar.