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Suspeito de ataque a assentamento do MST se entrega à polícia em Taubaté

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Ataque a assentamento do MST em Tremembé teve dois mortos. Suspeito foragido se entregou à polícia em Taubaté na quarta (30)

Massacre no assentamento em Tremembé: 5 militantes seguem hospitalizados
Massacre no assentamento em Tremembé / Foto: MST

Um homem acusado de envolvimento no ataque a assentamento do MST ocorrido em janeiro deste ano, em Tremembé, se entregou à Polícia Civil na manhã de quarta-feira (30), em Taubaté, município vizinho. O crime, que vitimou dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e deixou seis pessoas feridas, chocou a RM Vale do Paraíba e mobilizou forças policiais e o Ministério Público do Estado de São Paulo.

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Ítalo Rodrigues da Silva, foragido desde a decretação de sua prisão preventiva, compareceu à Delegacia Especializada de Investigações Criminais (DEIC) acompanhado por seu advogado e familiares. Ele deve permanecer detido após audiência de custódia e será transferido a um presídio da região.

Segundo a defesa, Ítalo nega participação no atentado. Mas, ele é um dos quatro homens denunciados formalmente pelo Ministério Público em março, com base em uma investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Até então, apenas um dos acusados, Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, estava preso.

Relembre o caso

O ataque ao assentamento do MST ocorreu na noite de 10 de janeiro no assentamento Olga Benário, localizado na Estrada Kanegae, em Tremembé. Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 27, foram mortos a tiros. Outros seis trabalhadores rurais também foram baleados.

Conforme a denúncia apresentada à Justiça, o crime teve origem em uma disputa por um lote no interior do assentamento. De acordo com o Ministério Público, um dos autores havia ocupado irregularmente uma área e, ao ser advertido sobre a impossibilidade de permanecer no local, teria ameaçado retornar para “resolver a questão”. Horas depois, acompanhado de outros suspeitos, teria voltado armado e disparado contra as vítimas.

Os promotores classificaram o ataque como motivado por “motivo torpe, perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas”, destacando a gravidade dos atos e a premeditação.

Investigação e andamento judicial

De acordo com o delegado regional do Deinter-1, Dr. Múcio Mattos, a motivação do crime está relacionada à disputa por um lote específico, e não contra o MST em si. “A disputa não é da gleba, é do lote que está desocupado”, afirmou o delegado, reforçando que a violência não teve conotação política ou ideológica, mas sim um caráter territorial.

O Ministério Público aguarda o avanço das ações judiciais e reforça que as investigações continuam para localizar os demais envolvidos. A entrega voluntária de Ítalo Rodrigues da Silva representa um passo importante no desdobramento do caso, que ainda aguarda desfecho no Judiciário.

A repercussão do episódio reacendeu o debate sobre a segurança nos assentamentos rurais, a atuação do MST e os conflitos de terra no interior paulista. A comunidade do assentamento Olga Benário permanece abalada, enquanto familiares das vítimas esperam por justiça.

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