Sobe para 34 o número de recuperados da covid-19 em São José

Mais 22 pacientes foram recuperados da covid-19 na semana passada em São José dos Campos. Agora são 31 pessoas que testaram positivo e terminaram a quarentena sem apresentar os sintomas da doença.

ReproduçãoUm dos que recobraram a saúde foi o médico infectologista e intensivista Joper Fonseca Junior, de 54 anos. No dia 20 de março começou a sentir alguns sintomas que correspondiam aos da nova doença. Após saber que uma colega de trabalho havia testado positivo, ele resolveu colher o teste, que 3 dias depois confirmou a contaminação.

“Ao confirmar o diagnóstico – que eu já tinha quase certeza –, não tive medo inicialmente, mas, com o passar dos dias e a piora dos sintomas, a preocupação e a avaliação da possibilidade de internação foram crescendo”, afirmou Joper.

O médico contou que demorou um tempo para decidir se internar e fazer a tomografia. Acostumado a dar esperança aos outros, ele permaneceu 8 dias no hospital, passando pelas aflições que sentem os pacientes.

“Durante a internação, nos primeiros dias, pensava como estava sofrido e como os sintomas eram intensos. Muitas dores, muita falta de energia, dificuldade para me alimentar e ingerir líquidos, além da falta de ar aos pequenos esforços.”

Seriedade e responsabilidade

Joper disse que, enquanto estava internado, só pensava em superar aquela fase. “O desejo de retornar ao trabalho aumenta conforme cresce o nível de energia, melhora da falta de ar. Ainda não me sinto preparado para voltar ao trabalho, mas tenho tido muita vontade de retornar e, sim, fazer frente aos cuidados com todos os pacientes, com e sem covid-19.”

Tendo recebido alta hospitalar no dia 3, o médico ainda está em isolamento, mas faz uso do suporte de oxigênio cada vez menos. Por causa dos sintomas, ele teve recomendações médicas de se manter assim por 14 dias após voltar para casa.

Nesse momento de pandemia, Joper recomenda à população que tenha muita seriedade e responsabilidade. “Não podemos abrir a guarda. O isolamento ainda é um mal necessário que temos de arma contra a disseminação e o aparecimento de novos casos.”