Já faz mais de um mês que a prefeitura solicitou 50 mil vacinas ao Governo do Estado – que reivindica as doses ao Ministério da Saúde

O imbróglio envolvendo a distribuição das vacinas e as esferas dos governos municipal, estadual e federal continua. A prefeitura informou nesta terça (6) que pediu ao Governo do Estado o envio de vacinas contra a covid-19 para concluir a imunização dos profissionais da saúde. Ofícios foram encaminhados ao GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) nos dias 3 e 25 de março. No documento, o município solicitou uma remessa de 50 mil imunizantes para a primeira dose. Cem mil doses é a quantidade suficiente para garantir o ciclo vacinal desse grupo. Após mais de um mês, não chegou nenhuma resposta.
Desde o início da campanha de imunização, a cidade vem seguindo as orientações técnicas repassadas pelos governos Federal e Estadual. Entre elas, a norma que definiu as ocupações incluídas no grupo vacinal dos trabalhadores da área da saúde.
Em São José, os profissionais da linha de frente de atendimento aos pacientes de covid foram vacinados em janeiro e fevereiro. Os que estavam impedidos ou foram admitidos após o envio da primeira remessa para o grupo estão sendo direcionados para a vacinação, conforme avaliação das autoridades sanitárias e do Comitê de Imunização.
Assim como outros municípios, São José dos Campos não recebeu as doses totais para os demais funcionários da área de saúde. Dessa forma, não foi possível continuar a imunização desse grupo, já que a grade de distribuição específica para os idosos não pode ser direcionada para outra faixa da população.
A secretaria de Estado de Saúde informou que a destinação de mais vacinas pelo Ministério da Saúde a SP é crucial para continuidade da campanha e expansão dos públicos-alvos. Segundo o comunicado, o Estado tem atuado com agilidade na logística e distribuição para a rede de saúde de SP sempre que recebe novas remessas de vacinas, e que toda estratégia de distribuição das grades e inclusão de novos públicos segue os critérios técnicos definidos pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações).
Primeira Resposta
Absurdo criado pela falta de coordenação, estudos e prioridades dos entes federativos. Profissionais de saúde prioritários são aqueles que trabalham na linha de frente (incluindo administrativos, limpeza, apoio, etc). A farra que virou essa situação é típica de país terceiromundista, estudantes de primeiro e segundo ano de veterinária, biologia, educação física, que não pisarão em um hospital nos próximos 03 anos (a trabalho) tomando vacina antes de idosos com mais de 60 anos (mais afetados pelo agravamento da doença).
Se o critério for o nível de exposição, profissionais que trabalham em transporte público, coleta de lixo, operacionais de concessionárias de serviços públicos essenciais (água, luz e internet), caixas de supermercados, etc estão mais expostos que esses citados acima, mas aí caímos na política de castas brasileira onde umas vida (infelizmente) parecem valer mais que outras.