Oito joias da realeza francesa são roubadas no Museu do Louvre; crime cinematográfico durou sete minutos em Paris 

Um roubo no Museu do Louvre, localizado em Paris, mobilizou as autoridades francesas na manhã do último domingo (19). Em uma ação rápida e cinematográfica, criminosos invadiram a Galeria Apolo, onde ficam as joias da realeza francesa, e levaram oito peças de valor inestimável da Coleção Real de Gemas e dos Diamantes da Coroa.

Segundo o Ministério da Cultura da França duas vitrines de alta segurança foram arrombadas. Entre os itens levados estão: a tiara e o colar de safira das rainhas Marie-Amélie e Hortense, o colar e os brincos de esmeralda de Marie-Louise, um broche relicário, a tiara da imperatriz Eugénie e um broche de corpete da mesma imperatriz.

Os assaltantes tentaram fugir com nove joias, mas deixaram  a coroa da imperatriz Eugénie, avaliada como uma das mais preciosas da coleção, composta por 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. O estado da peça está sendo analisado por especialistas do museu. 

O crime, que durou apenas sete minutos, começou por volta das 9h30 (4h30 no horário de Brasília). Os criminosos teriam utilizado um guindaste e esmerilhadeiras para acessar uma área em obras, cortando janelas e invadindo o prédio. Após o roubo, fugiram em scooters.

Durante a ação, um funcionário conseguiu impedir uma tentativa de incêndio, evitando maiores danos ao museu. Ninguém ficou ferido. Visitantes brasileiros, que estavam no local, registraram em vídeo o momento da evacuação.

Outros roubos e modernização da segurança  

O Museu do Louvre, palco de outros roubos históricos, incluindo o furto da Mona Lisa em 1911, passa atualmente por um processo de modernização da segurança. O novo plano prevê câmeras de última geração, detecção perimetral e centro de controle reforçado.

As autoridades francesas abriram uma investigação para identificar os responsáveis pelo roubo no Louvre, considerado um dos crimes mais ousados contra o patrimônio cultural europeu nas últimas décadas. 

Até a publicação desta matéria nenhum criminoso foi preso e o Museu segue fechado.  

 Veja também: Delegacia do idoso: o silêncio que dói mais que a agressão