Centro de ressocialização feminino é desativado em São José dos Campos; SAP inicia remoção das presas por razões operacionais

A desativação do Centro de ressocialização feminino de São José dos Campos foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) do Estado de São Paulo. Localizada na Travessa Francisco Almada, 81, em pleno centro da cidade, a unidade prisional foi oficialmente encerrada nesta semana após mais de duas décadas em operação.
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Segundo a SAP, a medida foi tomada por “questões operacionais”, embora a pasta não tenha fornecido detalhes adicionais sobre os motivos específicos. Inaugurado em 23 de julho de 2002, o centro contava com uma área construída de 1.736 m² e abrigava cerca de 100 mulheres no momento da desativação, número abaixo da capacidade total de 183 internas.
O espaço funcionava com três regimes prisionais: fechado, preso provisório e semiaberto. Durante anos, o local desempenhou papel importante na custódia e ressocialização de mulheres em situação de privação de liberdade na região do Vale do Paraíba.
A SAP informou que está realizando a remoção gradual das reeducandas para outras unidades prisionais do estado, porém, sem divulgar os destinos específicos por questões de segurança. Há, no entanto, indícios de que parte das presas esteja sendo transferida para o presídio feminino de Tremembé, também na região.
“As famílias das reeducandas estão sendo avisadas sobre as remoções, conforme estas forem concluídas”, informou a secretaria em nota oficial.
A desativação da unidade ocorre em meio a discussões urbanísticas sobre o futuro do centro da cidade. O prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias, já havia se manifestado anteriormente sobre o desejo de transferir o presídio da área central, como parte de um projeto de revitalização urbana do entorno.
A presença de um centro prisional no coração da cidade era, há anos, tema de debate entre autoridades e moradores. Com o encerramento das atividades, abre-se espaço para novas possibilidades de uso do imóvel e para ações de requalificação da região.
O prédio usado pela SAP, onde funciona o regime fechado e semiaberto, deverá dar lugar a um parque. Para a construção do novo espaço verde na região central, a sede do 1º Distrito Policial também deve ser desativada.
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3 Respostas
Primeiro foi o início de um projeto chamado APAC, que deu muito certo por um bom tempo, inclusive depois seguido por outras localidades.
Depois resolveram mudar para um projeto de cadeia feminina, que também deu certo, mas a direita política tem algo contra esses projetos, talvez algum medo de concorrência, para eles ou o bandido está no governo ou então deve ficar bem longe
É SJC tem que cuidar “bem” das presidiárias, alinhando assim com a lei MP que assiste a todas com muito carinho e deixam os cidadãos de bem à mercê das bandidas e seus crimes.
Está mais que provado que prisão não funciona. Primeiro porque não cumprem o tempo integral da pena, segundo que aproveitam as saidinhas para NÃO voltar e por fim, NÃO existe a tal da ressocialização. Existe sim um treinamento entre as presas e saem ainda mais preparadas para o crime….
Parabéns prefeito nota 10