Criminosos teriam tentado roubar itens de valor em uma cômoda onde somente a família e a empregada sabiam o que era guardado no local

A confirmação de que a mulher suspeita de envolvimento na morte do mecânico Marcílio Aparecido Severiano, de 46 anos, já havia trabalhado como empregada doméstica na casa da vítima, trouxe um choque ainda maior ao caso, que está sendo investigado como latrocínio (roubo seguido de morte) e levanta questões sobre confiança, segurança e humanidade.
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Segundo o delegado Diego Amaral, da Polícia Civil, a mulher era empregada na residência de Marcílio e teria passado informações que facilitaram a ação criminosa. O crime aconteceu na manhã da última quarta-feira (18), quando o mecânico chegou em casa, no bairro Vila Maria, e encontrou a esposa sendo rendida por três criminosos armados. Na tentativa de protegê-la, ele foi baleado no tórax e não resistiu aos ferimentos.
“A esposa da vítima contou que havia confidenciado à empregada o local onde guardavam objetos de valor. Os criminosos foram direto à cômoda citada, o que levanta a forte suspeita de que houve informação privilegiada”, revelou o delegado.
Ainda segundo Amaral, a mulher chegou a confirmar que comentou com terceiros sobre a boa condição financeira da família, mas negou qualquer intenção criminosa. Apesar disso, ela foi presa e liberada posteriormente pela Justiça, devendo responder em liberdade durante a investigação.
Prisões e investigação em andamento
Além da ex-empregada, três suspeitos estão presos, incluindo um casal que foi abordado pela Guarda Civil Municipal na última terça-feira (24), dirigindo o carro usado no crime. Com eles, foi apreendida uma arma que pode ser a mesma utilizada no assassinato de Marcílio. Ambos confessaram a intenção de fugir da cidade.
O primeiro suspeito havia sido detido no sábado (21), na zona sul de São José, com antecedentes por tráfico de drogas e falso testemunho. A polícia ainda investiga a participação de um quarto envolvido.
O mecânico chegou a ser socorrido por vizinhos e levado ao Pronto-Socorro da Vila Industrial, onde passou por cirurgia, mas morreu no mesmo dia.
A investigação segue em curso, e novas diligências devem ser realizadas para esclarecer todos os detalhes da participação dos envolvidos. A Polícia Civil reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone 181.