Abaixo-assinado com 10 mil assinaturas quer barrar construção de um prédio de 5 andares na paradisíaca praia de Itamambuca, em Ubatuba

A construção de um prédio de cinco andares em Itamambuca, em Ubatuba, virou alvo de forte mobilização popular nesta semana, com um abaixo-assinado no Change.org já ultrapassando 10 mil (estava em 10.657 às 18h35 deste sábado) assinaturas. Moradores e veranistas clamam pelo fim do projeto de construção de um edifício de cinco pavimentos à beira-mar, temendo que o prédio perturbe o equilíbrio do ecossistema local. As informações dão do jornalista Salim Burihan.
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Eleita Reserva Nacional de Surfe, a praia de Itamambuca abriga rica biodiversidade da Mata Atlântica e carece de rede de saneamento básico adequada. Idealizadores do protesto, organizados no grupo “Resistência Itamambuca” e na Associação Amigos de Itamambuca (SAI), apontam riscos de contaminação do Rio Itamambuca e supressão de vegetação nativa, além de agravar a erosão costeira e sobrecarregar o tráfego.
O manifesto lembra que a Lei de Uso do Solo de Ubatuba (Lei nº 711/1984) proíbe construções acima de quatro pavimentos na orla. Mesmo assim, a vereadora Jaque Dutra viu rejeitado seu requerimento na Câmara para obter esclarecimentos sobre a suposta liberação, e nem a prefeitura nem o Legislativo deram respostas concretas até agora. O espaço segue aberto.
Especialistas e moradores alertam que o despejo de esgoto e resíduos de um edifício de porte médio agravaria os índices de saneamento, que já cobrem apenas 51% das moradias locais. “A SAI está atenta e atuante, buscando meios legais e mobilizando a comunidade para impedir que esse processo avance. Contamos com o apoio de todos que amam e respeitam Itamambuca para fortalecer essa luta! Itamambuca não pode ser destruída por interesses especulativos. Vamos juntos preservar nosso paraíso”, conclui o documento publicado no Jornal A cidade, de Ubatuba e assinado pela presidente da entidade, Ana Camargo.
Ainda, segundo a SAI, a construção de edifícios desse porte trará consequências irreversíveis ao ecossistema do bairro, ao tráfego local e à harmonia da comunidade, além de descaracterizar um dos últimos refúgios naturais de Ubatuba.
Enquanto as comunidades esperam deliberações da Secretaria de Urbanismo e nova ação legislativa, a pressão segue. “Itamambuca não pode ser destruída por interesses especulativos”, conclama Ana Camargo.
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