Diferença de preço nos medicamentos chega a 280% em São José dos Campos, revela pesquisa do Procon feita em oito farmácias da cidade

Uma pesquisa divulgada pelo Procon nesta terça (1) revelou uma diferença de preço nos medicamentos de até 280,40% entre oito farmácias de médio e grande porte em São José dos Campos. O levantamento foi realizado nos dias 26 e 27 de maio de 2025, e envolveu a comparação de 58 medicamentos, sendo 29 de referência e 29 genéricos.
Para ter a notícia mais rápida, junte-se aos nossos grupos de avisos rápidos no Whatsapp.
A maior discrepância de valores foi identificada no genérico Atorvastatina Cálcica 10 mg, utilizado no controle do colesterol, cujo preço variou de R$ 13,93 a R$ 52,99, o que representa uma diferença de R$ 39,06. O valor médio registrado foi de R$ 32,23.
Entre os medicamentos de referência, o destaque foi o Albendazol (Zentel) 500 mg, indicado para o combate a vermes. O preço oscilou entre R$ 8,20 e R$ 19,80, uma diferença de 141,46%, com valor médio de R$ 15,92.
Além da expressiva diferença de preço medicamentos nas farmácias físicas, a pesquisa revelou ainda que os medicamentos genéricos são, em média, 62,46% mais baratos que os de referência — o que reforça a importância da comparação de valores antes da compra.
Estabelecimentos analisados
Participaram do levantamento as farmácias:
Droga Coop
Droga Raia
Drogaria Campeã
Drogaria Carrefour
Drogaria São Paulo
Farma Conde
Drogaria Pague Menos
Drogaria Ultra Farma
A Drogaria Pague Menos se destacou como a que ofereceu mais medicamentos abaixo ou igual ao preço médio, com 40 itens nessa condição, seguida pela Drogaria Carrefour, com 31 itens.
Já no quesito abastecimento, a maioria das redes manteve boa disponibilidade de itens. Destaque para a Pague Menos (98% dos produtos pesquisados), Farma Conde (91%), Drogaria São Paulo (90%) e Droga Coop (90%).
Importância da pesquisa
O Procon ressalta que, embora haja um Preço Máximo ao Consumidor (PMC) definido pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), não há tabela fixa de preços, e que os valores podem variar conforme a política comercial de cada farmácia, canal de venda (presencial ou online), ou rede de franquias.
A entidade alerta que consumidores devem consultar o PMC no site da Anvisa ou nas listas que devem estar disponíveis nas drogarias, e recomenda sempre pesquisar valores antes da compra, especialmente considerando o impacto que medicamentos causam no orçamento familiar.
“É fundamental que o consumidor entenda a importância de comparar preços. Um mesmo remédio pode ter variação de mais de 200%. A pesquisa é essencial”, destaca o Procon.
A lista completa com os preços pesquisados e endereços das drogarias está disponível junto ao relatório técnico oficial no site da Fundação Procon-SP.
Veja também
Festival do Camarão agita São Sebastião com cultura, gastronomia e shows gratuitos
3 Respostas
Nunca vá direto a uma farmácia e compre um produto sem antes pesquisar o preço. E se houver um genérico com a mesma formulação não se prenda ao nome do produto. As diferenças são enormes. Uma outra dica é orçar numa famácia de manipulação o produto, pode ter uma surpresa muito favorável também.
Exatamente isso. Boa explanação.
Nós consumidores que “rebolem” para achar a medicação menos cara.
Infelizmente, idosos são os que mais consomem medicamentos de uso contínuo ( rendem muito dinheiro) por terem doenças crônicas e não têm este tipo de orientação de seus médicos.
Para não dizer o empurreterapia medicamentosa desnecessário e excessiva e a influência de propagandistas de farmacêuticas nos consultórios.
Por curiosidade, tem as séries Dopsick e Império da Dor como exemplo norte americano baseado em fatos reais.
Documentários com tema semelhante.
Talvez, talvez a única parte boa é a redução da automedicação.
O fator mercantil ( Marketing agressivo com propagandistas e médicos, expectativas de lucros exorbitantes e rápido, uso de personalidades em propagandas, aliciamento de responsáveis por órgãos reguladores e deturpações de notícias nas mídias e em publicações científicas com minimização e até acobertamento de problemas identificados e muuuuito lobby político).
Esperamos ter saúde, mas incentivamos a doença.
Todas as engrenagens, comercial e industrial, alimentícia, de suplementos, de dietas, de academias, farmacêutica e de saúde privada médica-hospitalar só esperam que fiquemos doentes para depois venderem e receberem os lucros pela promessa de cura, da qualidade de vida e longevidade.
Documentário : – Como Viver Até os 100 – Os Segredos das Zonas Azuis 2023
– How to Change Your Mind 2022
– Explicando – A Mente 2019
– O Método de Stutz 2022
– Corpo Humano – Nosso Mundo Interior
2021
– Cowspiracy: The Sustainability Secret – 2014 Kip Andersen
– Solo Fértil 2020 ‧ Kiss the Ground
– What the Health 2017
Hara hachi bu Provérbio japonês, “oito partes de um estômago cheio sustentam o homem; os outros dois sustentam o médico”
“se uma droga estiver amplamente disponível o abuso também será amplo.”