Após o crime suspeito foi a um posto, realizou compras, abasteceu o carro e foi até o caixa situado na rodoviária antes de fugir para SP
Mais um crime devidamente elucidado pela Delegacia de Homicídios de São José dos Campos. Em menos de um mês de intensa investigação a equipe desvendou o latrocínio de um professor ocorrido em setembro dentro de um apartamento no Jardim Aquarius, na zona oeste de cidade.
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O suspeito é de São Paulo, tem 29 anos, já tem passagem por tráfico de drogas e foi preso na quarta (10) na cidade de Santa Terezinha de Itaipu, no Paraná. Ele foi preso em uma casa por policiais civis paranaenses e não ofereceu resistência.
A equipe da Homicídios joseense aguarda agora pela transferência do acusado para São José dos Campos. “Conseguimos identificá-lo pelas imagens das câmeras do prédio e também pelo rastreamento do gasto com o cartão da vítima. Com auxílio das câmeras do CSI conseguimos traçar toda a trajetória feita por ele após o crime”, afirma a delegada da Delegacia de Homicídios de São José, Cinthya Veneziani Dias, que concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quinta (10).
A vítima, que tinha 52 anos, manteve relacionamento com o suspeito por no mínimo um mês. Como foram subtraídos celular, carro e até o cachorro, o caso foi enquadrado como latrocínio. “O carro ainda não foi encontrado. Já sobre o cachorro conseguimos imagens que mostram que vítima e suspeito desceram com o animal pelo elevador do prédio e se dirigiram até a praça Ulisses Guimarães, no Aquarius, onde o abandonaram. O professor já possuía um cachorro de grande porte, que não estava se relacionando bem com o novo cão. Ele já tinha a ideia de doá-lo, e acabou abandonando o cachorro na praça”, revela a delegada, que conseguiu o pedido de prisão temporário do homem.
“Havia possibilidade de o suspeito fugir para o Paraguai. Após cometer o crime ele permaneceu por uns dias em São Paulo antes de seguir rumo ao Paraná. Aguardamos a transferência dele para interrogá-lo”, destaca Cynthia, que espera definir questões como a causa da morte e o motivo do crime.
“O laudo da morte deu inconclusivo. O resultado do exame toxicológico ainda não saiu. Não sabemos se a vítima foi dopada, ou o que aconteceu dentro do apartamento. São questões que ainda serão esclarecidas”, afirma. Moradores de apartamentos vizinhos ao do professor foram interrogados, e todos informaram que não ouviram nenhum barulho, gritos ou algo suspeito.
