Após o homicídio homens empreenderam fuga pelo mar; o piloto foi preso. Depósito bancário ajudou polícia a identificar o suspeito

A Polícia Civil de Ubatuba prendeu um piloto de lancha suspeito de participar diretamente da execução do comerciante Klaus Viana Munch, de 64 anos, morto a tiros na Praia do Itaguá. A prisão temporária foi divulgada nesta segunda-feira (14) e representa um avanço decisivo nas investigações do crime – que chocou o Litoral Norte de São Paulo.
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Segundo a delegada titular de Ubatuba, Ana Carolina Pereiro, a prisão do barqueiro, de 28 anos, só foi possível após a identificação de uma transferência bancária feita por um dos envolvidos no crime — valor que teria sido o pagamento pelo transporte dos criminosos. O piloto teria sido contratado para um suposto passeio, mas sua lancha acabou sendo usada na fuga dos autores do homicídio.
“Através da identificação do barqueiro, que levou um conhecido como acompanhante e recebeu pagamento pelo transporte, conseguimos aprofundar a investigação e identificar outros suspeitos”, afirmou a delegada à TV Vanguarda.
Além do piloto de lancha preso, a polícia apura a participação de pelo menos outras seis pessoas. O caso segue sendo tratado como homicídio qualificado e pode ter sido motivado por desavenças patrimoniais entre familiares da vítima. Há também indícios de envolvimento com o jogo do bicho na região.
O assassinato aconteceu por volta das 14h30 do dia 9 de julho, em uma galeria comercial no Itaguá, onde Klaus Viana trabalhava. Ele foi alvejado com cinco disparos nas costas, desferidos por um homem que desceu de uma motocicleta vermelha e o seguiu até o piso superior do prédio.
Após os disparos, o atirador fugiu em uma lancha que o aguardava na praia. Um cúmplice ainda levou a moto do local, reforçando a tese de que a ação foi cuidadosamente premeditada e executada por um grupo.
Apreensões e desdobramentos
Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu a lancha utilizada na fuga, uma motocicleta e uma arma de fogo. O piloto permanece detido temporariamente em Caraguatatuba, com previsão de prisão por 30 dias enquanto as investigações prosseguem.
Com o piloto de lancha preso, a expectativa da Polícia Civil é avançar na identificação e prisão dos demais envolvidos.
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